Direitos Humanos: governo não se pronuncia sobre o caso Gaievski, mas quer discutir violência no Rio

Jogo de cena – Até quando o Palácio do Planalto manterá o faz de conta em que foi transformado o Brasil? Essa pergunta cabe a qualquer uma das muitas situações esdrúxulas patrocinadas pelo desgoverno da petista Dilma Vana Rousseff, mas nesta matéria serve para questionar a postura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, sob o comando da radical Maria do Rosário Nunes, que deve ser ejetada do cargo na reforma ministerial prometida para o começo de 2014.

Nesta quinta-feira (3), um estafeta da ministra Maria do Rosário disse que a Secretaria quer conversar com representantes da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro para tratar da ação dos policiais durante as manifestações. Os protestos no Rio de Janeiro têm sido marcados por excessos de parte a parte, mas é importante destacar que esse clima de instabilidade ao PT, que tenta emplacar o enrolado senador Lindbergh Farias no governo fluminense.

Ex-cara-pintada e alvo de denúncias que remontam à época de sua passagem pela prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lindbergh tem encontrado dificuldades para fazer decolar sua campanha, mesmo que oficiosa.

Contudo, causa espécie o fato de a Secretaria de Direitos Humanos se preocupar apenas com assuntos que beneficiam o Partido dos Trabalhadores, como se o tema fosse uma prerrogativa ideológica.

Muito estranhamente, a ministra Maria do Rosário manifestou-se apenas uma vez, depois de ser pressionada, sobre o escândalo do pedófilo da Casa Civil que assessorava a petista Gleisi Hoffmann. Eduardo Gaievski, o delinquente sexual que trabalhou a poucos metros de Dilma Rousseff, é acusado de praticar crimes de pedofilia, com pelo menos quarenta vítimas identificadas até então. Preso na Casa de Custódia de Curitiba, o “companheiro” Gaievski pode ter violentado perto de 200 crianças.

Depois do acanhado comentário de Maria do Rosário publicado em rede social, a Secretaria de Direitos Humanos não mais tratou do assunto. Esse é um dos maiores escândalos da política nacional em todos os tempos, pois mostra a fragilidade do serviço de segurança e de inteligência da Presidência.

Violência sexual contra menores é crime hediondo, mas Dilma e suas ministras preferem o silêncio para não prejudicar o partido e a “companheirada”. Isso porque Gaievski tem ameaçado revelar o que sabe sobre o modus operandi do PT e as estripulias governamentais que presenciou na Casa Civil.

Em qualquer país minimamente decente, com governantes sérios e responsáveis, Gleisi Hoffmann e Maria do Rosário já estariam demitidas.