Disputa pela prefeitura de São Paulo agita o PSDB e coloca Geraldo Alckmin em encruzilhada política

Confusão armada – Não é só no Partido dos Trabalhadores que a disputa pela prefeitura da maior cidade brasileira, São Paulo, vem causando tumulto. No PSDB a situação parece idêntica, pois queiram ou não os brasileiros, todo e qualquer projeto político mais ousado passa obrigatoriamente pela capital paulista. De olho nas eleições de 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quer emplacar em 2012 o sucessor do atual prefeito Gilberto Kassab.

A exemplo do que ocorre no PT, o tucanato também tem candidatos de sobra. Alckmin, que imaginou evitar as prévias do partido, tenta convencer Aloysio Nunes Ferreira Filho a aceitar a empreitada. Eleito senador em 2010, Aloysio Nunes nada tem a perder em caso de derrota, mas já avisou que está muito bem no Senado Federal e prefere ficar de fora do trono paulistano.

Com isso, Geraldo Alckmin terá de administrar uma disputa dentro do seu próprio governo, pois três secretários são pré-candidatos: Angelo Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia). Entre eles, o que tem mais chance de vencer a prévia do PSDB e de faturar a eleição de 2012 é Angelo Andrea Matarazzo, que foi secretário das subprefeituras da capital dos paulistas nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab.

Há quem diga que o PSDB está unido quando o assunto é a sucessão paulistana, mas não é essa a realidade. Na última terça-feira (23), em evento literário que contou com a presença de José Serra, Arnaldo Madeira e outros caciques tucanos, Matarazzo foi um dos últimos convidados a chegar. E quando pisou na livraria foi saudado pelos presentes como “prefeito”.

Dentro do PSDB o nome de Matarazzo é considerado como uma alternativa para aglutinar as correntes internas lideradas por Serra e Geraldo Alckmin. Resta esperar para saber qual tucano descerá do muro primeiro.