Dólar fecha em alta e mostra a preocupação do mercado com eventual novo mandato de Dilma

dolar_32Estouro da boiada – A moeda norte-americana fechou em alta nesta quarta-feira (1), um dia depois da divulgação das recentes pesquisas Ibope e Datafolha sobre a corrida presidencial. A liderança de Dilma Rousseff em ambas as pesquisas que o mercado financeiro está pessimista com a possibilidade de um segundo mandato da petista. O dólar subiu 1,5% e encerrou os negócios valendo R$ 2,4848, a maior cotação desde dezembro de 2008. Na semana, a moeda ianque acumula alta de 2,85% e no ano, de 5,4%.

Essa reação do mercado de câmbio, apesar das seguidas intervenções do Banco Central, confirma o que vem noticiando o ucho.info. Os investidores não acreditam em uma solução de curto para a crise econômica que há muito vem chacoalhando o Brasil. Dilma, sempre abusando da mitomania, insiste em dizer que a culpa é do cenário internacional, mas está claro que o problema é caseiro.

Desde que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto, Dilma adotou mais de duas dúzias de medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse produzido algum resultado minimamente positivo. Apesar de todo esse histórico de desacerto, a candidata petista continua fazendo promessas de mudanças na economia a partir de 2015.

Por mais que a presidente-candidata tente convencer seus interlocutores, acreditar em qualquer promessa na seara econômica é o mesmo que passar recibo de inocente. Isso porque o governo petista de Dilma abandonou o chamado tripé econômico (meta de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal), tão necessário para manter a crise afastada o maior tempo possível.

Sem fazer a lição de casa, o governo do PT nem em sonho conseguirá reverter a crise no curto prazo, como vem sinalizando o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, o primeiro a ser demitido por antecipação. A grande questão é que o governo prefere aposta suas fichas na elevação do consumo como forma de reverter a crise, quando a solução seria investir em setores essenciais, como infraestrutura, por exemplo.

No momento em que as agências de classificação de risco rebaixarem a nota do Brasil, o que pode acontecer em breve, os cidadãos de bem sentirão na pela os efeitos colaterais de um governo irresponsável, paralisado e incompetente. O primeiro reflexo será a dificuldade de financiar o setor produtivo, pois os investidores internacionais certamente migrarão para mercados mais confiáveis. Considerando que a indústria nacional não vive o melhor momento, o negócio é apertar o cinto.

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