Don Quixote e Sancho Pança rumo ao Planalto

(*) Eduardo Pimenta –

eduardo_pimenta_05A luta de um sonhador abandonado pelos membros de seu partido, torna-se a marca da campanha de Aécio Neves para Presidência da Republica, andando por moinhos e com diversas caminhadas por longas estradas, acompanhado de seu candidato à vice-presidência: o Senador Aloysio Nunes Ferreira – seu fiel escudeiro.

Enquanto vemos a candidata Dilma Vana Rousseff com seus cabos eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus candidatos ao Senado pedirem votos, vemos por outro lado a ausência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na televisão pedindo votos para o candidato do seu partido, ou qualquer de seus senadores pedindo e trabalhando para seu candidato a presidência da República.

O que percebemos é o abandono do PSDB em relação ao candidato Aécio Neves. A candidatura de Aécio Neves é uma luta solitária de Don Quixote e Sancho Pança em busca de sua Dulcinéia (Brasília). Busca fadada ao insucesso pela falta de apoio político do PSDB.

Em outro sentir, a candidata Marina Silva demonstra a integração de diversos partidos, corroborando o apoio político partidário. Evidencia o poder articulador do PSB/REDE, que o PT em caminhada com PMDB julga não precisar demonstrar.

Marina Silva consegue mostrar a flexibilidade pelo poder aglutinador de políticos pertencentes a diversos partidos.

Em menos de quinze dias haverá a eleição para presidente da República, com a possibilidade de um segundo turno sem Don Quixote. Como rescaldo fica a ideia de que o PSDB é um partido para São Paulo de Fernando Henrique e José Serra, com dissidência interna de Geraldo Alckmin.

Quando outubro chegar, Dulcinéia lá continuará, Don Quixote para Minas voltará e Sancho Pança em sua realidade viverá.

(*) Eduardo Pimenta é advogado especialistas em direitos autorais, professor universitário e escritor.

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