Donald Trump, o Capitão América de camelô, começa a exibir sua porção ‘covarde de ocasião’

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O transtorno de personalidade histriônica, termo que substituiu o antigo histrionismo, é merecedor de longas sessões no consultório do psiquiatra mais próximo. Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é o caso clássico do histriônico incorrigível. Além disso, o presidente dos EUA é covarde, pois age de forma vil ao deparar-se com as dificuldades do cargo.

Depois de desafiar o presidente do México, Enrique Peña Nieto, a cancelar reunião em Washington, agendada para a próxima terça-feira (31), caso não concordasse em pagar a construção do muro na fronteira entre os dois países, Trump viu o homólogo mexicano cancelar o encontro. Foi o primeiro tiro pela culatra no âmbito das relações internacionais.

Sem conhecer as responsabilidades do cargo e acreditando que a Casa Branca é um puxadinho mambembe do seu decadente cassino, Donald Trump afirmou que de qualquer forma os mexicanos pagariam pela construção do tal muro. Decidiu o mandatário ianque que taxaria em 20% a importação de produtos mexicanos, como se isso resolvesse o problema. Foi o que disseram seus obedientes capachos que fazem o papel de porta-vozes e assessores.

Foi então que surgiu o primeiro problema interno. Donald disse durante a campanha que seu objetivo era defender a população mais pobre dos EUA, que no final das contas há de pagar pela construção do muro. Afinal, a taxação sobre produtos mexicanos acabará no bolso dos consumidores americanos, principalmente no dos mais pobres.

A situação tornou-se ainda pior porque para levar adiante essa ideia insana é preciso que os Estados Unidos deixem o NAFTA (North American Free Trade Agreement), acordo de livre comércio que também conta com o México e o Canadá. A questão é que para sair do NAFTA os EUA precisam comunicar seus parceiros com antecedência, o que faz com que o adeus final demore seis meses ou mais. A alternativa seria renegociar as bases do acordo, mas negociação não é o forte de pessoas truculentas e imperativas, como é o caso de Donald, que desconhece o que é diplomacia.


Donald Trump é um boquirroto contumaz que acredita ser o último gênio do universo. Depois do vexame na esteira da decisão de Peña Nieto de cancelar o encontro, Trump resolveu telefonar para o presidente mexicano. E não demorou muito para o bufão plantar a falsa notícia – justo ele – de que a iniciativa do telefonema partiu do presidente do México. A manobra sórdida de Trump repercutiu mal na América Latina, que considerou a atitude como mais uma tentativa de desprezar a populosa porção do continente.

O presidente norte-americano está querendo brincar de isolacionismo, como se isso se assemelhasse ao pífio reality show que ele comandava em tempos outros, acreditando que à época cabia-lhe o direito de humilhar os participantes. Trump está caminhando na contramão da lógica e isso pode custar caro aos americanos, em especial aos mais pobres.

Seus devaneios de estreia são tão absurdos, que integrantes do Departamento de Estado preferiram deixar os respectivos cargos para não serem coniventes com essa lufada de insanidade que tomou conta da Casa Branca. Três já partiram em retirada.

O fiasco no caso do muro foi de tal modo constrangedor, que no encontro com Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, Trump sequer mencionou o assunto. Questionado pelos jornalistas, rasgou elogios e disparou salamaleques aos mexicanos. Em outras palavras, covarde com todas as letras, já que afirmou, não faz muito tempo, que o México exportava drogas, imigrantes ilegais, criminosos e estupradores. Só faltou Trump surgir em cena com um típico “sombrero”.

Em suma, Enrique Peña Nieto, que vinha enfrentado o sabor acre da impopularidade em seu país, agora retoma terreno por causa de Donald Trump, a quem o mexicano deve agradecer no genuflexório. Afinal, uma tábua de salvação após o naufrágio e no meio do maremoto só mesmo no filme “Titanic”.

Sobre as sanções à Rússia, impostas pelo então presidente Barack Obama por causa da ingerência de Moscou nas eleições norte-americanas, Trump ignorou promessa de campanha, deixou sua prepotência de lado e disse que ainda é cedo para tratar do assunto. Por certo Donald está aguardando Vladimir Putin determinar que o governo russo compre mais alguns bilhões de dólares em títulos da dívida americana e faça a Casa Branca balançar.

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