Economia cai apenas 0,2% no 1º trimestre devido ao agronegócio, mas crise continua em alta

pib_03Sem força – De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após ficar praticamente estagnada no ano passado, a economia brasileira encolheu no primeiro trimestre de 2015. No período entre janeiro e março, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma do valor final de todos os bens e serviços produzidos no País, caiu 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2014.

O resultado foi melhor do que a mediana das projeções dos analistas, que estimavam uma queda de 0,5%. Vale ressaltar que as estimativas de 56 instituições consultadas iam de uma retração de 0,10% até uma queda de 1,60%. Porém, o setor agropecuário teve forte alta no período, de 4,7%, e ajudou a puxar o PIB. Foi a alta mais expressiva desde o terceiro trimestre de 2012, quando o setor cresceu 10,9%. Já a indústria teve uma queda de 0,3% na mesma base de comparação, enquanto os serviços recuaram 0,7%.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia teve queda mais forte, de 1,6%. Com o dado divulgado nesta sexta-feira, o PIB acumula queda de 0,9% em 12 meses. Em valores nominais, o PIB do primeiro trimestre de 2015 somou R$ 1,4 trilhão.

Os investimentos, que são uma medida para estimar se os setores da economia vão aumentar a produção, caíram 1,3% ante o quarto trimestre de 2014. A queda marca o sétimo trimestre seguido de retração, nessa base de comparação, e traz mais temores sobre o desempenho do PIB neste ano.

O recuo da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) ante o trimestre imediatamente anterior foi também o maior nessa base de comparação desde o segundo trimestre de 2012, quando houve queda de 1,4%. Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o investimento encolheu 7,8%. A taxa de investimento ficou em 19,7% no primeiro trimestre.

Se nada for feito para conter o seguido descenso da economia verde-loura, o PIB de 2015 corre o risco de registrar recuo de 1,5%, sendo que alguns setores já apostam em queda de 2%, desastre que provocará reflexos nos próximos dois anos, ou seja, em 2016 e 2017.

A situação atual vivida pela economia brasileira é fruto da incompetência que marcou o primeiro governo de Dilma Rousseff, que juntamente com o inerte Guido Mantega adotou mais de duas dúzias de medidas de estímulos econômicos, sem que ao menos uma tivesse produzido resultado.

Em 2010, quando ainda dava os primeiros passos como candidata, Dilma foi apresentada ao eleitorado nacional, pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, como a garantia de continuidade, a “gerentona” e “mãe do PAC”. É preciso reconhecer que Lula, o lobista, não mentiu, pois o caos esculpido nos dois governos do ex-metalúrgico se confirmou nos anos seguintes. A conta desse estrago, como sempre, será paga pelo contribuinte, em especial pelos trabalhadores. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

apoio_04