Economistas preveem menos inflação em 2016 e recuo de 3,5% do PIB; cenário do próximo ano é ruim

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Confirmando as estimativas do UCHO.INFO, o mercado financeiro está mais pessimista em relação ao desempenho da economia nacional neste ano e no próximo. Como sempre afirmamos ao longo dos últimos anos, a conta decorrente do estrago promovido pelo PT na economia do País seria grande e difícil de pagar.

De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC), os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País apostam em inflação menor em 2016, mas ao mesmo tempo projetam encolhimento mais acentuado do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo os especialistas, o PIB deste ano deve alcançar a marca de -3,49%, contra 3,40% da estimativa anterior. Para 2017, o índice deve ser de 0,98%, ante 1% do cálculo da semana anterior. Como há tempo de sobra até dezembro do próximo ano, ao logo desse período sobrarão surpresas desagradáveis, muitas delas fruto das incertezas políticas que embalam o governo do presidente Michel Temer.

Em relação à inflação oficial de 2016, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os economistas apostam em 6,72%, contra 6,80% da previsão anterior. Apesar do recuo, o IPCA permanece acima do teto (6,5%) do plano de metas de inflação estipulado pelo governo, assim como continua distante do objetivo central (4,5%).


Para 2017, a previsão para a inflação oficial inflação permaneceu estável em 4,93%. O índice está abaixo do teto de 6% para o IPCA, fixado para o ano que vem, mas ainda acima da meta central de inflação, que é de 4,5%.

Sobre a taxa básica de juro, o mercado financeiro manteve a previsão de que até o final deste ano a Selic recuará para 13,75%. Esse índice poderá ser anunciado na próxima quarta-feira (30), quando reúne-se o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Atualmente, a Selic está em 14% ao ano. No tocante à Selic de 2017, os economistas mantiveram a expectativa de que a taxa deve encerrar o próximo ano na casa de 10,75%.

Esse cenário mostra de maneira clara que o ingrediente político deverá influenciar diretamente a economia brasileira. Isso porque os especialistas estão prevendo inflação menor e desempenho da economia aquém das expectativas. Ou seja, a atividade econômica andará de lado diante de um consumo ainda baixo.

Tal quadro decorre da preocupação dos investidores com o momento político pelo qual atravessa o Brasil e os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que com a delação coletiva do grupo Odebrecht terá efeito ainda mais devastador.

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