Economistas preveem que a desafiadora e resistente inflação deve encerrar 2014 perto de 6%

inflacao_22Estouro da boiada – Os integrantes do desgoverno comandado por Dilma Vana Rousseff tentam mostrar à sociedade que o Brasil é a versão tropical do país de Alice, aquele das maravilhas, mas os números impedem que a onda de mitomania avance. O mais implacável dos números é o da inflação, que medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,97%, muito distante da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5%, e pouco abaixo do teto de 6,5%.

Cabe ao Banco Central a tarefa de atuar para fazer com que a inflação se aproxime do centro da meta, mas a missão torna-se impossível quando o governo central simplesmente dá de ombros para o controle de gastos e usa de artifícios para maquiar as contas públicas. Não bastassem os gastos para manter a paquidérmica e aparelhada máquina federal, o governo tem uma enorme dificuldade para investir, o que reduz sobremaneira a possibilidade de movimentação da economia.

Uma das ferramentas usadas pelo BC nos últimos anos para combater a inflação foi a alta da taxa básica de juro, a Selic, que serve como referência para, por exemplo, calcular o custo do dinheiro usado no crédito ao consumidor. Nos últimos doze meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais, o que fez com que a taxa encerrasse 2013 na casa de 10% ao ano.

A situação econômica do Brasil é preocupante, mas os palacianos insistem em dizer que este ano será excepcional, como aconteceu anteriormente. Ciente de que a realidade é muito distinta, o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) não mais arrisca seus palpites estapafúrdios, pois bastam as muitas anedotas do mercado financeiro que colocaram o petista na proa.

A incompetência do governo na condução da economia é tamanha, que o Banco Central terá sérias dificuldades em 2014 para conter a inflação, que em números reais já gravita na órbita de 20% ao ano, índice absurdo para um país que fixa o salário mínimo em míseros R$ 724. Há quem diga que poucos são os brasileiros que recebem o piso salário nacional, o que é uma inverdade, mas não se deve esquecer que o IBGE apurou que dois terços da população recebem menos de dois salários mínimos mensais.

Para piorar o quadro atual há fatores que causam preocupação no âmbito da inflação. O primeiro deles é o conjunto de preços administrados, como o da energia elétrica, que é subsidiado pelo Tesouro Nacional, elevando ainda mais os gastos de um governo incompetente. O segundo fator que merece consideração é a proximidade da Copa do Mundo, que levará às alturas os preços de produtos e serviços. Em suma, domar a inflação em 2014 será tarefa das mais hercúleas.