Economistas reduzem previsão de crescimento do PIB e enterram discurso mentiroso de Dilma

crise_21Luz vermelha – Dilma Vana Rousseff, a presidente que tenta a reeleição, e o petista Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, tentam, sem sucesso, convencer a população acerca da crise econômica que chacoalha o País. Dizem que o movimento é pontual e passageiro, mas os números da economia nacional mostram exatamente o contrário. De igual modo, o cenário mostra também que o problema nada tem a ver com questões internacionais, mas, sim, com assuntos internos, como, por exemplo, a incompetência do governo federal na condução da política econômica.

Depois da divulgação, na última sexta-feira (29), de queda de 0,6% no Produto Interno Bruto do segundo trimestre do ano, o que confirmou o status de recessão técnica da economia brasileira, e da revisão do índice do primeiro trimestre (de 0,2% para -0,2%), analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a previsão de crescimento da economia em 2014. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (1), economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País apostam em crescimento de 0,52% do PIB, contra 0,70% da previsão anterior. Para 2015, a estimativa de expansão da economia foi reduzida para 1,10%, contra 1,20% da previsão anterior. Há um mês, o índice estava em 1,50%.

Trata-se da décima quarta queda da expectativa de crescimento da economia registrada pelo Boletim Focus. Há quatro semanas, a expectativa do mercado era de crescimento do PIB na casa de 0,86%. Analistas têm afirmado que, ao contrário do que afirmam autoridades do governo, o terceiro trimestre do ano também será de queda do PIB.

As seguidas quedas das projeções da economia têm chamado a atenção do mercado internacional, assim como da imprensa planetária. Muitas são as reportagens que destacam o difícil momento da economia brasileira. O “Financial Times” publicou em agosto reportagem em que afirmou que o movimento de queda da economia verdade-loura se assemelha à “dança da cordinha”, em que o participante é obrigado a abaixar-se cada vez mais para passar por debaixo da corda.

Na contramão

Por mais que Dilma e seus assessores tentem mostrar à população um País de Alice, a situação é muito mais grave do que parece. Especialmente porque o governo insiste em reverter a crise por meio do consumo interno, estratégia que só pode ser adotada de maneira pontual e por curto período. A continuidade da medida até poderia ser aceita se a situação econômica fosse “menos ruim”, mas não é esse o cenário.

A economia é um intrincado quebra-cabeça, sendo que no caso do Brasil faltam peças e outras estão seriamente danificadas. De tal modo não há como formar uma imagem bucólica e de tranquilidade quando a realidade é bem diferente. O governo continua apostando no crédito fácil para estimular a economia, mas as instituições financeiras estão cada vez mais arredias na concessão de financiamentos, ao passo que o cidadão mudou bruscamente seus hábitos de consumo.

Para que o leitor compreenda a gravidade da situação, muitos brasileiros estão recorrendo ao chamado empréstimo consignado para quitar contas essenciais, como luz, água, gás e telefone. O cenário torna-se ainda pior quando analisa-se a mudança de hábito do consumidor. A questão não está na eliminação de produtos supérfluos ou na substituição de marcas por outras mais baratas, mas na drástica decisão de comprar menos alimentos. Essa redução já chega a assustadores 30%, número que pode piorar ainda mais.

Em suma, a roda da economia brasileira começa a travar, o que em outras palavras significa que o País aproximou-se perigosamente do despenhadeiro da crise. Qualquer movimento em falso a partir de agora será fatal. Mesmo assim, Dilma Rousseff avança em sua campanha como se nada disso estivesse acontecendo, enquanto nos bastidores os petistas já trabalham com a possibilidade crescente de derrota da candidata do partido.

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