Sem ter o que noticiar nesse período de ressaca pós-carnaval, a imprensa nacional deu destaque à decisão do presidente Michel Temer de retornar ao Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, após rápida passagem pelo Palácio da Alvorada.
Pouco aconchegante e devassado pelas extensas áreas envidraçadas, o Alvorada não é a melhor opção em termos de moradia para o chefe do Executivo federal. Como sempre afirmou o UCHO.INFO, que conhece ambos os palácios, o Jaburu é mais protegido, quase indevassável, e tem a concepção de uma residência familiar. A opção de Temer seria mudar-se para a Granja do Torto, mais protegida contra os olhares espios, mas a distância pode ter pesado na hora da decisão do presidente.
A esquerda raivosa, sempre espumando a saliva colérica da ideologia bandoleira que arruinou o País, aproveitou o episódio para criticar o governo, destacando os R$ 24 mil gastos em algumas adequações promovidas no Palácio da Alvorada.
Integrante da esquerda, agora na oposição, a sempre estridente Alice Portugal, deputada federal pelo capítulo baiano do PCdoB, disse que Temer faz bem ao retornar ao palácio do Jaburu, pois o Alvorada é destinado a presidentes eleitos. “É o lugar de onde Temer não deveria ter saído. O Alvorada é para o presidente eleito. A gente só tem a lamentar os gastos com a mudança”, disse a parlamentar comunista.
O Palácio da Alvorada, ao contrário do que afirma a deputada do PCdoB, é a residência oficial da Presidência da Republica, não importando se o presidente foi eleito ou não. Aliás, o Palácio da Alvorada foi ocupado por José Sarney, que chegou à Presidência da República no vácuo da morte de Tancredo Neves.
Alice Portugal por certo sofre de amnésia de conveniência, já que prefere ignorar a transformação ilegal e abusiva promovida por Marisa Letícia nos jardins do Palácio da Alvorada. Ainda no primeiro governo Lula, a ex-primeira-dama instalou no jardim do Alvorada uma estrela do PT, com se o palácio fosse mais um “puxadinho” do partido político responsável pelo período mais corrupto da história brasileira.
A deputada baiana também esquece que um dos filhos de Lula usou um avião presidencial para levar alguns amigos a Brasília, transformando o Palácio da Alvorada em colônia de férias de quinta (fotos abaixo), com direito a estripulias diversas na piscina palaciana e uso da lancha presidencial para passeios no Lago Paranoá.
Em outro vértice da desfaçatez, Alice Portugal deveria se preocupar com o prolongado e nababescamente remunerado ócio carnavalesco de deputados e senadores, que durará doze dias e custará aos brasileiros a bagatela de R$ 35,6 milhões, no momento em que o País está mergulhado em grave crise econômica, herança deixada pela “companheira” Dilma Rousseff e seus quejandos.
Somente a ausência de Alice Portugal na Câmara dos Deputados nesses estendidos dias de folga momesca custará aos cidadãos R$ 60 mil, valor 150% maior do que o montante gasto nas pequenas reformas realizadas no Palácio da Alvorada.
