Estado Islâmico cobra dos “irmãos” jihadistas mais atentados no Ocidente

estado_islamico_13Vestidos para matar – O grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) pediu na segunda-feira (25) para que seus militantes e seguidores promovam novos atentados contra países ocidentais. A organização terrorista, que avança nos territórios da Síria e do Iraque, elogiou novamente o ataque contra a redação da revista francesa Charlie Hebdo, no dia 7 de janeiro, em Paris, quando os irmãos Said e Chérif Kouachi em um rastro de fúria deixaram doze mortos, entre eles os principais cartunistas do país europeu.

“Nós apelamos aos muçulmanos na Europa e em outros países do Ocidente infiel a atacar em todos os lugares (…) Nós prometemos aos bastiões cristãos que eles continuarão a viver em um estado de terror, de medo e insegurança”, afirmou o porta-voz do grupo Estado Islâmico, Abu Mohammad al-Adnani, em mensagem de áudio divulgada na internet.

Al-Adnani também declarou que o EI considerará como “inimigo” todo o muçulmano que tiver oportunidade de atacar os “infiéis” e não o fizer. Esse detalhe do comunicado mostra a disposição dos integrantes do Estado Islâmico de disseminar o pânico em países ocidentais, onde também vivem milhares de muçulmanos. Essa ameaça não deve ser levada a sério pelos seguidores do Islã, pois tudo o que o EI busca, na esteira do terror e da violência, é ressuscitar o antigo império muçulmano a partir da instalação de um califado.

No final do comunicado, o porta-voz do grupo terrorista agradece as ações dos “irmãos” jihadistas na França, na Austrália e na Bélgica, referindo-se aos ataques mais recentes da organização. “Vocês ainda não viram nada”, finaliza al-Adnani, em clara ameaça ao Ocidente.

Enquanto as principais lideranças ocidentais não adotarem ações militares duras contra o Estado Islâmico, boa parte do planeta terá de viver debaixo do medo e da tensão, pois é impossível saber quem está por trás da organização de um atentado. Diferentemente do que acontecia no passado, os atentados patrocinados pelo Estado Islâmico ou pela Al Qaeda do Iêmen são menores e pontuais, mas cumprem as ordens do staff do grupo terrorista.

Como já detalhou o UCHO.INFO, o embrião do Estado Islâmico surgiu no momento em que o movimento conhecido como Primavera Árabe abriu espaço para a chamada Irmandade Muçulmana. Bastou a Primavera Árabe deixar o continente africano, atravessar o Mar Vermelho e aportar na Síria para que viesse à luz o radicalismo do EI, que ganhou força no rastro dos adversários do ditador sírio Bashar al-Assad. (Com agências internacionais)

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