Estupro em acampamento do MST leva Dilma e suas defensoras ao silêncio ideológico e covarde

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Quando o estupro múltiplo de que foi vítima uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro ganhou o noticiário cinco dias após o ocorrido, o UCHO.INFO afirmou que havia algo mal explicado no caso. Não se trata de negar a ocorrência do crime, que segundo a Polícia Civil fluminense está confirmado, mas de questionar as declarações desencontradas da vítima, dos acusados e das autoridades. Fora isso, chamou a atenção o oportunismo barato de algumas parlamentares, em especial da esquerda nacional, que fizeram da tragédia alheia uma cortina de fumaça para esconder o fiasco em que se transformou o governo de Dilma Rousseff.

A ideia inicial era direcionar a opinião pública para esse crime hediondo, permitindo que ao largo passasse o processo de impeachment da presidente afastada, como se ao interino Michel Temer coubesse a responsabilidade pela barbárie cometida por delinquentes que tão bem representam o caos social instalado no País.

Por questões óbvias, essas políticas não perderam tempo e mobilizaram um movimento contra o estupro, alegando que a mulher não merece ser vítima desse crime bárbaro. Nada contra o protesto em si, mas o oportunismo remeteu à máxima que embala o Brasil: coloca-se a tranca na porta depois da casa arrombada. Ou seja, as parlamentares resolveram pensar no tema depois do ocorrido na capital fluminense. Pois bem, no Brasil ocorrem, em média, 130 estupros por dia, mas até então essas indignadas parlamentares nada tinham feito para barrar o que agora convencionou-se chamar de cultura do estupro.


Confirmando o viés ideológico da manifestação repentina, as mesmas parlamentares adotaram silêncio quase obsequioso diante do estupro de que foi vítima uma mulher de 42 anos, violentada em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). O crime ocorreu na cidade mineira de Teófilo Otoni e a vítima, que supostamente estava alcoolizada, foi estuprada por dois integrantes do movimento.

A vítima teria sido embriagada por um de seus algozes e levada ao acampamento, onde um segundo homem aguardava a dupla. Em uma barraca de lona, a mulher foi violentada alternadamente pelos dois criminosos, enquanto tentava escapar da violência.

Quase 72 horas depois do crime ocorrido no acampamento do MST, tão bárbaro quanto o cometido no Rio de Janeiro, nenhum representante do movimento – que reúne baderneiros de aluguel – se pronunciou sobre o fato. No mesmo silêncio permaneceram a afastada Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores e as outrora indignadas parlamentares que organizaram protesto contra a cultura do estupro. O viés ideológico da manifestação ficou evidente quando em cena surgiu um cartaz cujos dizeres acusavam o “golpe de ser machista”.

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