Força-tarefa federal entra em Alcaçuz e derruba discurso falacioso do governador do RN

(Governo do RN)
(Governo do RN)

Governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) é a personificação da farsa. Frouxo como governante e sem saber como explicar a crise no sistema carcerário potiguar, Robinson afirmou, na quinta-feira (26), que a Penitenciária de Alcaçuz estava “praticamente sob controle”. Essa afirmação é tão incompreensível quanto uma mulher praticamente grávida, como mencionado em matéria anterior.

Em entrevista, o governador do RN disse aos jornalistas: “Estamos vencendo etapas. Hoje, temos um quadro muito mais tranquilo. Temos o muro separando as facções para não acontecer uma nova guerra e estamos também cuidando para fortalecer a segurança do lado de fora. São medidas preventivas para que tenhamos tempo de construir três presídios para que, até o final do ano, possamos encerrar de vez a existência de Alcaçuz”. Fora isso, Faria alegou que não houve erro no caso de Alcaçuz, mas falha no planejamento.

Em outras palavras, Robinson Faria não quer resolver o problema que reina na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana da Natal, mas dividi-lo e transferi-lo de endereço. Alegar que a segurança externa está reforçada não significa que a interna está garantida. Pelo contrário, o que mais importa é garantir a segurança no interior dos presídios, se é que o governo não sabe. Afinal, uma rebelião é como um barril de pólvora cheio.


A fala messiânica de Robinson foi pelos ares com a chegada da força-tarefa de agentes penitenciários enviada pelo governo federal, que adentrou ao presídio e apreendeu um revolver e armas brancas. Isso significa que Alcaçuz não estava “praticamente sob controle”.

É importante salientar que a força-tarefa, os militares e os integrantes da Força Nacional de Segurança não permanecerão ad eternum no Rio Grande do Norte, fazendo o que o governo local não consegue fazer. Se Robinson Faria não tem competência para ocupar o cargo para o qual foi eleito, a renúncia é o caminho menos doloroso, já que a população não pode ser refém do acovardamento de um governante falastrão.

Por outro lado, falta coragem ao Palácio do Planalto para decretar intervenção federal no RN, pois é inaceitável que um governo se apequene diante de facções criminosas que rivalizam-se no interior dos presídios, enquanto seus integrantes comandam o crime organizado além das muralhas. Sem contar a disputa pelo tráfico de drogas no País e o contrabando de armas. Enfim, o Brasil já viveu dias melhores.

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