Fuga de presos após rebelião em Bauru, no interior de SP, confirma a fragilidade do sistema prisional

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A fuga de 152 presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP 3) “Professor Noé Azevedo”, em Bauru, no interior paulista, durante rebelião nesta terça-feira (24) é no mínimo uma irresponsabilidade por parte do governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo informações, a fuga teria ocorrido durante inspeção de rotina e após agentes penitenciários terem flagrado um preso usando celular. Nesse momento, os presos se rebelaram, permitindo a fuga de parte dos detentos. A ação não é tão fácil quanto tenta dar a entender as autoridades paulistas, pois exige estratégia e preparo. Ou seja, o fato de um preso estar fazendo uso do celular certamente foi o gatilho para uma confusão combinada com antecedência.

Ademais, a fuga mostra que a vigilância do presídio é precária, pois mais de 150 presos não conseguem escapar sem qualquer reação por parte da segurança local. Segundo informações da Polícia Militar, 95 presos foram recapturados, enquanto 57 continuam foragidos. Parte dos recapturados será levada aos Centros de Detenção Provisória (CDP) I e II de Bauru, enquanto outros seguirão para presídios da região. Concluídas as transferências, ao menos 600 presos devem permanecer no CPP3.


Durante entrevista coletiva, o coronel da Polícia Militar Flávio Kitazume descartou relação com outras rebeliões que estão acontecendo no país. “Em nenhum momento houve refém e por isso descartamos este caso em relação aos demais fatos que estão acontecendo em outras regiões do país e isso nos tranquiliza”, disse o oficial militar.

É difícil que a rebelião ocorrida em Bauru não tenha conexão com outras que vem ocorrendo em outras regiões do País, mas se a afirmação do coronel da PM for procedente, está claro que algo errado acontece bi Centro de Progressão Penitenciária de Bauru. É preciso apurar como telefones celulares são levados para dentro do presídio. Que ninguém venha com o discurso de que os equipamentos são arremessados por criminosos que estao em liberdade, já que esse tipo de ação é, em tese monitorada por agentes penitenciários e câmeras de segurança.

O sistema prisional do País, sem exceção para qualquer estado da federação, é palco para seguidos casos de corrupção. Por outro lado, com o avanço das facções criminosas dentro e fora dos presídios, agentes de segurança tornam-se alvo fácil dos marginais, que passam a pressionar os servidores por meio de ameaças a familiares.

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