Gaievski, ex-assessor pedófilo da ainda ministra Gleisi Hoffmann, pode ser condenado a 450 anos de prisão

eduardo_gaievski_03Sol quadrado – Um criminalista que vem acompanhando o caso Eduardo Gaievski, o ex-assessor pedófilo levado por Gleisi Hoffmann para a Casa Civil para cuidar de políticas relativas a menores, avalia o número de crimes e as provas reunidas contra o delinquente sexual e acredita que ele vai pegar uma das maiores penas já aplicadas no Brasil a abusadores de menores.

Segundo acredita o advogado, Gaievski, que responde por 26 estupros de menores, 17 deles cometidos contra vulneráveis (menores de 14 anos), pode ter uma devastadora dosimetria da pena. O ex-assessor de Gleisi pode ser condenado entre 255 a 454 anos de cadeia.

A pena de Gaievski tende a ser maior que a aplicada ao médico Roger Abdelmassih, outro predador sexual, que fazia sexo com mulheres sedadas que procuravam sua clínica de reprodução assistida. Abdelmassih foi condenado a 278 de prisão e encontra-se foragido.

O cálculo sobre a pena de Gaievski não considera os depoimentos das novas testemunhas contra Gaievski que surgiram no processo depois da prisão do pedófilo. Elas serão ouvidas nos dias 6 e 11 de dezembro. O próprio réu, segundo decisão do juiz Figueiredo Monteiro Neto, da comarca de Realeza, será ouvido no dia 16 de dezembro.

Na última semana, o juiz e os promotores Francisco de Carvalho Neto e Raphael Fleury Rocha ouviram 32 testemunhas em 17 horas de depoimentos. Gaievski e os advogados Samir Mattar Assad (defesa) e Natalício Farias (das vítimas) acompanharam os depoimentos.

Desde que foi preso em agosto passado, em Foz do Iguaçu, Gaievski, que emagreceu 10 quilos no período, tentou, por telefone e e-mail, intimidar as testemunhas. Quando foi transferido para uma penitenciaria com regime mais rígido, parentes e membros do PT assediaram as testemunhas. Dois irmãos, o filho e o secretário de Administração da prefeitura petista de Realeza foram presos pelo mesmo motivo.