Gastos de brasileiros no exterior crescem 50% no primeiro trimestre e mostram inviabilidade do País

Os gastos de brasileiros no exterior alcançaram a marca de US$ 1,530 bilhão em março deste ano, informou nesta terça-feira (25) o Banco Central (BC). O resultado é 18,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os brasileiros gastaram US$ 1,291 bilhão. No primeiro trimestre, as despesas ficaram em US$ 4,469 bilhões, 50,4% acima dos gastos registrados entre janeiro e março de 2016 (US$ 2,972 bilhões).

De acordo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o crescimento das despesas de brasileiros no exterior deve-se a um “câmbio mais favorável” e à melhora na confiança dos consumidores. “Temos visto nos últimos meses uma recuperação gradual da confiança. Isso constitui um estímulo para consumo”, disse.

O fato de o câmbio favorecer gastos no exterior não deve ser analisado de forma isolada, assim como não pode ser incensado como a derradeira razão para esse cenário. Os gastos elevados dos brasileiros além das fronteiras do País encontram explicação na alta dos preços de produtos e serviços, em especial os relacionados a viagens e turismo, além da questionável qualidade do que é oferecido pelo setor. Quem viaja com frequência sabe que a relação custo-benefício pesa na hora de decidir o destino.

As receitas de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 650 milhões, em março, e em US$ 1,846 bilhão nos três meses do ano. Como as despesas de brasileiros no exterior são maiores do que as receitas de estrangeiros, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 880 milhões, no mês passado, e em US$ 2,623 bilhões, no primeiro trimestre.


Os dados parciais deste mês indicam que os brasileiros continuam gastando mais com viagens ao exterior. Em abril, até o último dia 20, as despesas ficaram em US$ 1,023 bilhão, enquanto as receitas chegaram a US$ 313 milhões. Se esse ritmo for mantido até o final do mês, as despesas vão registrar crescimento de 32% em abril, comparado do igual mês de 2016.

Durante anos a fio, sob o ufanismo de Lula e seus sequazes, o Brasil brincou de ser país de primeiro mundo, como se tal status pude ser alcançado no rastro de discursos populistas e resultados manipulados e superestimados da economia nacional.

Quando rotulou a crise internacional (2008-2009) como “marolinha” e afirmou que o Brasil sairia ileso daquela turbulência econômica, Lula não apenas escancarou sua ignorância como governante, mas decretou a falência do Estado brasileiro com a adoção de medidas que arruinaram a economia. Medidas essas adotadas por sua sucessora.

Agora, com o cenário de terra arrasada e o País tentando se reerguer a duras penas, tecnocratas ousam explicar o inexplicável. Os gastos dos brasileiros no exterior crescem porque o País tornou-se inviável econômica e financeiramente. É preciso que os brasileiros tenham consciência que reverter o quadro atual exigirá concessões, empenho e paciência. (Com ABr)

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