Gleisi quer dar ao marido emprego público cujo salário é muito maior que o da presidente da República

gleisi_hoffmann_87Boquinha oficial – Bastou uma semana de trégua sem que seu nome fosse citado nas investigações da Operação Lava-Jato para que a falta de noção, marca registrada da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), voltasse à cena com força total. Embora continue encabeçando a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, como beneficiária de R$ 1 milhão do Petrolão, segundo denuncia dos principais delatores do escândalo, Gleisi voltou a operar nos bastidores políticos com grande desenvoltura.

No momento, seu objetivo principal neste momento é colocar o marido desempregado, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, na diretoria-geral da Itaipu, operação que, se bem sucedida, apeará do cargo o também petista Jorge Samek. O posto de diretor-geral da binacional Itaipu é considerado o melhor emprego público do País, já que o titular recebe salário de R$ 100 mil mensais, três vezes mais que o presidente da República, sem contar verbas nababescas de representação e mordomias inacreditáveis.

O olhar guloso de Gleisi cobiça também outros cargos importantes na hidrelétrica. Em especial diretorias, onde sonha emplacar ex-deputados petistas que fracassaram nas urnas. O PT tinha sete deputados estaduais, mas atualmente, depois da desastrosa campanha de Gleisi para o governo do Paraná em 2014, tem apenas três. O projeto de Gleisi Helena contempla instalar esses aliados na Itaipu para que voltem a ganhar um mandato em 2018 quando, segundo sonha, sua carreira política também deverá ressurgir das cinzas.

Delatada junto com o marido, Paulo Bernardo, como beneficiária do Petrolão, Gleisi deveria estar focando seus esforços na preservação do próprio mandato. A ideia de que aumentará a própria influência política e cavará um vultoso ‘bolsa-família’ para o marido é considerada sinal claro de alienação.

As movimentações de Gleisi Hoffmann nos bastidores da política, com o objetivo de tentar ocupar espaço e cargos importantes na estrutura do governo federal, são interpretadas por alguns analistas como sintoma de aguda e total desconexão com a realidade. Enquanto nada consegue, Gleisi continua se fazendo de desentendida quando o assunto é o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história, ao mesmo tempo em que, em momento de dissimulação explícita, insiste em atacar adversários.

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