Gleisi viaja a Portugal sob as expensas dos brasileiros, tomando champanhe e com o discurso do “golpe”

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Nada pode ser mais direitista do que um representante da esquerda no poder. Até porque, o capitalismo tem suas benesses douradas e ninguém é de ferro. Enquanto a esquerda fanfarrista se empenha em socializar a miséria, pois isso é o máximo que consegue, alguns dos seus representantes se entregam ao deleite da chamada “boca rica”.

A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), digna representante da chamada “esquerda caviar” e afundando no Petrolão, é a petista que mais repete a cantilena do “golpe”. Contudo, já acostumada a unir o útil ao agradável, a senadora viajou a Portugal, juntamente com outros senadores petistas ou simpatizantes (como Roberto Requião), para denunciar o “golpe”. Tudo bancado pelo suado dinheiro contribuinte.

O pretexto da viagem é uma conferência da Eurolat (Assembleia Parlamentar Europa-América Latina), uma dessas inutilidades custosas das quais os petistas, em particular – e os esquerdistas de modo geral –, tanto apreciam.

O evento garante turismo grátis (o custo da passagem no trecho Rio-Lisboa-Rio na classe executiva é de R$ 11 mil), hotéis finos e restaurantes estrelados da capital portuguesa, com direito a denunciar o “golpe” que só existiu entre os integranets da esquerda bandoleira tupiniquim. Quem poderia pensar em roteiro melhor.

Gleisi foi fotografada, na sala VIP do aeroporto, ao lado de Vanessa Graziottin (PT) e Roberto Requião (PMDB-PR), bebericando champanhe e conferindo o Facebook, enquanto aguardava o voo para Lisboa. A felicidade de Gleisi só não é completa porque o Ministério Público Federal (MPF) começou a levar a sério a enxurrada de evidências e o conteúdo das delações premiadas que apontam a senadora, juntamente com o marido, como envolvida em esquemas de corrupção. Em suma, a prisão está no radar.

A ex-ministra da Casa Civil responde judicialmente a acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entendimento do MPF, a arquitetura do crime se repetiu em seu caso: o recebimento de R$ 1 milhão em propina, dinheiro desviado da Petrobras e usado na campanha da petista ao Senado, em 2010.

A denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, envolve não apenas Gleisi, como também o marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, e o empresário curitibano Ernesto Kugler Rodrigues.

A PGR pede que eles devolvam R$ 2 milhões ao erário – sendo metade por multa decorrente de danos materiais e a outra referente ao dinheiro surrupiado. Por enquanto não há informações de que descumprirão a sentença judicial. No entanto, com o PT alijado do governo, será mais difícil amealhar os recursos.

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