Inadimplência cresce 15% em 2012 e derruba as apostas no consumo e os planos de crescimento do PIB

Sandices vermelhas – As pílulas de messianismo que o abusado Lula deixou à sucessora, a neopetista Dilma Rousseff, perderam a validade e já não produzem os efeitos desejados. No apagar das luzes de 2012, ao rebater matéria da conceituada revista “The Economist” que sugeriu a demissão de Guido Mantega, a presidente disse que o ministro da Fazenda só deixará o governo por vontade própria. Mesmo assim, o ucho.info insiste na tese de que Mantega ainda é ministro, não demorando muito para ser apeado da Esplanada dos Ministérios.

O principal motivo para a sugestão da revista não é novidade: a pífia economia brasileira, que tomou a rota do descenso a partir das medidas alopradas tomadas por Lula, o salvador da humanidade.

Quando o então presidente ocupou os meios de comunicação, no final de 2008, para pedir aos brasileiros que partissem às compras e mantivessem o consumo em níveis elevados, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, este site alertou para o conjunto de perigos que estava escondido no apelo presidencial. Entre eles, destacamos a disparada da inadimplência.

Para contrariar os discursos soberbos de Dilma e Mantega, a inadimplência subiu 15% em 2012, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Serasa Experian. Esse número confirma a nossa previsão e ratifica a nossa posição contrária à estratégia adotada pelo Palácio do Planalto para estimular a economia brasileira. Se o mercado internacional já não responde como antes, é inviável, no curto prazo, apostar todas as fichas no consumo interno, sem que a sociedade tenha condições financeiras para tal.

Os dados divulgados pela Serasa apontam para a alta das taxas de juro, ao contrário do que quer o governo do PT, pois banqueiro não desperta pela manhã para fazer caridade, mesmo que seja com o dinheiro alheio. Com o juro elevado, o consumo tende a cair, obrigando o cidadão a se adequar à dura realidade ou partir para um endividamento ainda maior, o que pode se tornar impagável. Sem consumo não há crescimento econômico, como anunciou Mantega. E a economia brasileira encontra-se na conhecida e popularizada situação de que “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

Na mesma linha de pensamento é impossível concordar com a tese do governo, quando dois terços da população, segundo o IBGE, recebe menos de dois salários mínimos por mês, quando o trabalhador deveria receber a cada trinta dias, de acordo com o Dieese, pouco mais de R$ 2,6 mil (previsão de outubro de 2012), o chamado salário mínimo ideal.

Com todos os instrumentos que estão à mostra garantindo a continuidade da crise, não há como acreditar em um governo que se nega a investir em infraestrutura, que não sabe mais como controlar a inflação, que não decidiu qual a política de câmbio ideal, que cobra impostos absurdos, que ignora os direitos do cidadão, que não se preocupa com a melhoria da educação e que mantém os índices de aprovação às custas de um sem fim esmolas sociais, o que mata a fome e criar uma legião de indolentes.

Há uma década o PT vem brincando de governar, como se suas principais lideranças constassem da árvore genealógica de Aladim. Lula, o abusado, certa vez disse, em mais um de seus discursos galhofeiros, que a crise internacional era coisa de “loiros de olhos azuis”, em referência aos norte-americanos que lentamente começam a colocar a casa em ordem. A crise brasileira, para quem não sabe, é coisa de comunista de boteco de porta de fábrica, que continua acreditando ser um semideus que vive na nuvem da corrupção.