Inadimplência dispara em abril e mostra que o governo do PT mente sobre a realidade da economia

Bomba-relógio – Tão ufanista e messiânica quanto o antecessor, Dilma Rousseff continua afirmando que a crise não existe e o desenvolvimento avança no País, escorado pela distribuição de renda. Trata-se de uma sonora mentira, que há muito tem sido condenada com veemência e destemor pelos jornalistas do ucho.info, que se recusam a passar no caixa do Palácio do Planalto e tampouco se deixam intimidar pelas pressões oficiais e do partido do governo.

Dilma e seus camaradas palacianos podem dizer qualquer coisa para esconder a dura realidade, que campeia no cotidiano, mas não há como contestar os números. Para aumentar o desespero que se instalou no cerne do governo do PT, a Serasa Experian divulgou nesta quinta-feira (16) dados que apontam para a alta da inadimplência em abril – 2,9% – na comparação com o mês anterior. Quando comparada com o mesmo mês de 2012, a inadimplência registrou aumento de 6,7%.

De acordo com a Serasa Experian, a inflação, o alto comprometimento do salário com dívidas, o crédito “mais seletivo nas instituições financeiras” e o aumento das taxas de juro contribuíram para a disparada da inadimplência do consumidor em abril.

As dívidas com os bancos foram as principais responsáveis pela alta do índice no quarto mês do ano: aumentaram 6,7% e foram responsáveis por 2 pontos percentuais na composição do índice. Os títulos protestados cresceram 17,7%, mas só contribuíram com 0,2 ponto percentual do total.

Por outro lado, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços, como telefonia e fornecimento de energia elétrica) e os cheques sem fundos apresentaram variações negativas de 0,5% (-0,2 ponto percentual na composição do índice) e 2,1% (-0,2 ponto percentual), respectivamente. Isso mostra que a capacidade de compra de parte da sociedade estagnou, enquanto outra muda constantemente seus hábitos de consumo.

Esse cenário preocupante mais uma vez aponta sua agulha bussolar na direção do equívoco que emoldura a aposta do governo para debelar a crise: o consumo interno. Não era preciso nenhuma dose de genialidade para perceber que o plano mirabolante desaguaria na seara das contas que não fecham. Ultrapassa as fronteiras da utopia e da irresponsabilidade acreditar que é possível movimentar a economia a partir do consumo, em um país cuja população, em sua maioria (2/3), recebe menos do que dois salários mínimos por mês.

Tão macabro resultado explica a manobra comandada pelo fugitivo Lula, que para não perder sua mentirosa popularidade se viu obrigado a reinventar a classe média, como se aos bandoleiros palacianos coubesse a prerrogativa de mudar a lógica e estuprar as regras acadêmicas da Economia. Não há mais como aceitar a forma como o Brasil vem sendo conduzido.

O desmonte de uma nação em apenas uma década já teria provocado uma revolta popular em qualquer lugar do planeta. Resta saber até quando o brasileiro continuará deitado em berço esplêndido, alimentando-se da passividade contemplativa. (Com informações da ABr)