Iraque amplia ofensiva contra o terrorista “Estado Islâmico” em Fallujah

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Forças iraquianas iniciaram nesta segunda-feira (30) nova ofensiva contra o grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI) para recuperar a cidade de Fallujah, a oeste da capital Bagdá. “As forças do Iraque entraram em Falluja sob a cobertura aérea da coalizão internacional [contra o EI] e da força aérea iraquiana, com o suporte de artilharia e tanques”, informou o tenente-general Abdelwahab al-Saadi, responsável pela operação.

O porta-voz Yahia Rasoul disse em entrevista à televisão estatal iraquiana que as forças “avançam constantemente” por três frentes.

A grande operação conjunta começou na última segunda-feira (23). Em uma semana, tropas iraquianas conseguiram retomar vilas e áreas rurais ao redor de Fallujah, que é controlada pelos extremistas desde janeiro de 2014.

Autoridades estimam que cerca de 50 mil civis estejam sob o poder do EI na cidade, aumentando o temor de que eles possam ser usados como escudo humano pelos jihadistas.


Esta não é a primeira vez que Falluja é palco de disputas. Em 2004, os Estados Unidos libertaram a cidade da invasão de grupos rebeldes. Soldados americanos, no entanto, foram acusados de violar direitos humanos e de fazer uso controverso de armas incendiárias.

“Estado islâmico” perde territórios

A coalizão internacional liderada pelos EUA contra o EI no Iraque e na Síria tem imposto derrotas aos extremistas. Desde dezembro de 2015, os jihadistas perderam o controle de Ramadi, a capital da província de Al-Anbar, e da cidade de al-Rutbah, que fica próxima às rotas que levam à Jordânia e à Síria.

Combatentes curdos peshmerga tentam recuperar Mosul, uma das maiores cidades iraquianas, que se tornou um dos principais bastiões do EI. O grupo tomou o controle da cidade seis meses depois de invadir Fallujah.

Em resposta à ofensiva iraquiana, o EI provocou uma série de explosões em Bagdá nesta segunda. Ao menos 24 pessoas morreram nos atentados. O mais grave foi um ataque suicida num bairro xiita, que matou oito civis e três soldados e deixou quatorze feridos. (Com agências internacionais)

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