Pronatec: irregularidades transformam vedete da campanha de Dilma em escoadouro de dinheiro

computador_02Queijo suíço – Nos debates presidenciais, a candidata petista à reeleição, Dilma Vana Rousseff, vem torrando a paciência do telespectador com o palavrório sobre o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), que de acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU) tem irregularidades.

Enquanto Dilma incensa o Pronatec sem parar, o ministro Jorge Hage, da CGU, deve receber em breve um requerimento de informações sobre o programa, pois o signatário do documento, deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), quer obter o relatório que aponta as irregularidades.

Segundo a CGU, é impossível descobrir, no Pronatec – uma das vitrines eleitorais da presidente-candidata –, quantos alunos efetivamente assistem às aulas, quanto tempo permanecem em sala de aula e como são gastos os recursos repassados pelo governo às instituições que ministram os cursos, conforme informou o jornal “Folha de S. Paulo” na edição do domingo (19). Líder do PPS, Rubens Bueno solicita à CGU que encaminhe à Câmara a íntegra do relatório da auditoria na qual foram constatadas as irregularidades.

A “Folha” teve acesso ao relatório, o qual mostra que o aluno que desiste do curso do “Bolsa Formação”, principal braço do Pronatec, continua sendo contabilizado como se ainda estivesse matriculado. De tal forma, os recursos continuam a ser repassados para a instituição indevidamente pelo governo. Não se sabe se o Palácio do Planalto tem ciência desse absurdo ou se é conivente com a malandragem.

“Precisamos saber o que está por trás dessas irregularidades, quem está ficando com o dinheiro do contribuinte”, disse Bueno. “A presidente fica propalando aos quatro ventos que o Pronatec é a maravilha das maravilhas e o que vemos, por meio do trabalho da CGU, é que não é bem isso; é que ele esconde um esquema para beneficiar ilegalmente instituições que não têm transparência”.

A CGU descobriu, de acordo com dados publicados pelo jornal, que “mesmo sem a cobrança, entrega e análise das prestações de contas, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) continuou transferindo recursos para as redes de ensino em 2013 e 2014, em um total de R$ 4,5 bilhões”. Ainda conforme a “Folha”, em 2011 e 2012, o total chegou a R$ 1,7 bilhão. O Pronatec foi criado há três anos.

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