Justiça tem o dever de punir os envolvidos no escândalo do avião do PSB antes da eleição presidencial

marina_silva_18Rigor da lei – Marina Silva continua fingindo que nada tem a ver com o escândalo do avião que despencou em Santos, no litoral paulistas, matando o então presidenciável Eduardo Campos e os outros seis ocupantes da aeronave. Na segunda-feira (1), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) afirmou que “esteve alheio às negociações” realizadas entre empresários de Pernambuco e São Paulo para adquirir o jato Cessna 560 XLS que era usado na campanha de Campos e Marina.

De acordo com o PSB, a empresa AF Andrade, de Ribeirão Preto, arrendatária primeira da aeronave junto à Cessna Finance – que financia a venda de aviões da fabricante Cessna – solicitou em maio passado a transferência do contrato de leasing para os empresários pernambucanos João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, dos grupos BR-Par Participação e Bandeirantes Companhia de Pneus.

Foram esses dois (Mello Filho e Vieira) que, segundo a nota divulgada pelo PSB, autorizaram o uso do avião para a campanha de Eduardo Campos. Contudo, a legenda destaca que a transferência do contrato de leasing ainda não foi concretizada, porque a Cessna Finance não aprovou as garantias oferecidas pelos empresários pernambucanos, que já teriam pagado oito parcelas do arrendamento mercantil da aeronave.

“O Partido Socialista Brasileiro presta esses esclarecimentos para deixar patente que esteve alheio às negociações efetuadas entre os empresários de Pernambuco e a empresa AF de Ribeirão Preto”, finaliza a nota.

No momento que surgiu a dúvida sobre quem seria o responsável de fato pela aeronave, o ucho.info afirmou que bastava levantar em nome de qual empresa estavam sendo faturadas as despesas operacionais do Legacy, de prefixo PR-AFA.

Nesta terça-feira (2), o jornal “O Globo” publicou matéria em que afirma que a empresa que pagou as tais despesas, nos primeiros meses de campanha eleitoral, funciona em uma casa simples na periferia de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana de Recife. Registrada oficialmente como empresa de vigilância, a Lopes & Galvão Ltda. aparece como pagadora de serviços de parqueamento e atendimento para a aeronave, prestados pela Líder Táxi Aéreo.

A reportagem do jornal carioca localizou Genivaldo Galvão Lopes e Luciene Lindalva Lopes, donos da empresa, na casa onde vivem há pelo menos uma década e que funciona como sede da empresa, no bairro Tiúma, antiga vila operária da cidade. De chofre ambos negaram o pagamento das despesas operacionais do jato, sugerindo que a empresa de segurança teria sido usada indevidamente.

Na segunda-feira, por meio de um advogado, Genivaldo mudou a versão e informou que “pode ter realizado pagamentos a pedido de outras pessoas”. Entretanto, o dono da “Lopes & Galvão” preferiu não identificar as pessoas que teriam ordenado os pagamentos, sob a desculpa de que o fará apenas quando for “intimado por autoridades competentes para prestar esclarecimentos”. Uma mudança no mínimo estranha no discurso, se considerado o fato de que logo de início o mesmo Genivaldo deu a entender que sua empresa fora vítima de fraude, para não exagerarmos em relação ao caso.

Uma das filhas de Genivaldo, Sylney Lopes, de 29 anos, disse não fazer sentido a empresa do pai bancar despesas operacionais de uma aeronave avaliada em US$ 8,5 milhões (R$ 19 milhões). “Você acha que, se tivéssemos esse dinheiro todo, eu moraria aqui em Tiúma? Longe de tudo, nessa rua…”, afirmou Sylney ao fazer referência ao bairro onde mora com a família, na periferia de São Lourenço da Mata.

Para provar que essa história do avião acidentado está muitíssimo mal contada, uma coincidência surgiu em meio ao pífio enredo de um crime eleitoral. O advogado que, em nome de Genivaldo Galvão Lopes, apresentou nova versão para o caso do pagamento das despesas operacionais do jato é o criminalista Ademar Rigueira, contratado pela viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, para acompanhar, a pedido da família, as investigações sobre o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco.

Enquanto discute-se a questão das despesas operacionais, até porque a “Lopes & Galvão” não tem capacidade financeira de arcar com pagamentos mensais entre R$ 30 mil e R$ 40 mil, esquecido está o escândalo das parcelas do leasing da aeronave que foram quitadas por empresas fantasmas ligadas aos empresários que assumiram o arrendamento do Citation 560 XLS.

O Brasil está diante de um grave crime eleitoral, com irrefutáveis provas de uso de caixa 2 de campanha, que precisa ser punido de forma exemplar e de acordo como determina a legislação vigente. No contraponto, a candidata Marina Silva, que assumiu o posto de Campos, continua falando em “nova política”, quando se sabe que pela frente teremos aquela política velhaca que todos conhecem.

Se de fato os brasileiros querem mudança, que cobrem a Justiça Eleitoral para que interrompa mais um embuste eleitoral que surge no caminho da disputa presidencial. Lamentavelmente o País se depara com uma situação de impasse, mas é preciso cortar o mal pela raiz, pois do contrário o futuro terá mais do mesmo.

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