Lava-Jato: em delação, Pedro Corrêa confirma notícia do UCHO.INFO de 2005 e piora a situação de Lula

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Condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT), preso na Operação Lava-Jato e um dos muitos envolvidos no Petrolão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), em depoimento de colaboração premiada, confirmou informação do UCHO.INFO noticiada pela primeira vez em 2005, assim como em várias ocasiões ao longo da última década: Lula sempre soube do esquema de corrupção que funcionou na Petrobras.

Em agosto de 2005, este portal de notícias afirmou que um novo esquema de corrupção já estava em marcha em substituição do Mensalão do PT, sendo que o mesmo contava com a anuência explícita da cúpula do Palácio do Planalto, começando pelo agora lobista-palestrante Luiz Inácio da Silva.

Na ocasião, o então deputado federal José Janene (PP-PR), mentor intelectual do Petrolão e à época líder do partido na Câmara, ameaçou o editor do UCHO.INFO, que também sofreu críticas de alguns jornalistas. A forma como Janene se relacionava com Lula, mesmo que à distância, dava mostras incontestáveis de que algo maior e nocivo conectava os dois. Certa feita, na liderança do PP, José Janene irritou-se com a demora de Lula em atender um pedido seu e ofendeu publicamente a honra da mãe do petista.


Lula sempre negou saber do esquema de corrupção, mas não só consentiu com o modus operandi da roubalheira, como foi decisivo na nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras, o qual fora indicado pelo PP do Paraná. Aliás, Costa é natural de Telêmaco Borba e sempre frequentou com desenvoltura a cidade paranaense de Londrina, que foi domicílio e reduto eleitoral de Janene.

Depois de vencer a resistência de José Eduardo Dutra, à época presidente da Petrobras, Lula conseguiu emplacar Paulo Roberto Costa na diretoria da estatal, assim como passou a reunir-se com o pupilo da roubalheira com regularidade no Palácio do Planalto.

Costa, chamado por Lula de “Paulinho”, sempre atendeu aos pedidos do outrora presidente da República, não dando satisfações de seus atos aos seus superiores na Petrobras. Paulo Roberto era visto na petrolífera brasileira como um protegido Fo Planalto, por isso dava as cartas ao bel prazer.

A intimidade entre Lula e Paulo Roberto Costa era tamanha, que muitos assuntos que envolviam a Petrobras, mesmo fora do âmbito da Diretoria de Abastecimento, eram direcionados àquele que se tornaria o principal operador do Petrolão.

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