Lava-Jato: ex-comparsa de André Vargas, empresário medroso do DF tem passado parte do tempo nos EUA

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Como já noticiou o UCHO.INFO, a Operação Lava-Jato, que ainda deve durar dois anos, aproximadamente, alcançou um cenário em que o número de delatores parou de crescer, ao mesmo tempo em que a quantidade de delatados cresce de forma assustadora. Sem contar as inúmeras revelações feitas nas últimas semanas, as quais colocam alguns destacados políticos no centro do maior escândalo de corrupção da história da humanidade.

Enquanto as investigações continuam alçando à mira novos envolvidos, a força-tarefa da Operação Lava-Jato está focada em alguns dos protagonistas do escândalo, que até agora não aderiram à colaboração premiada. Um desses alarifes é o ex-petista André Luís Vargas Ilário, ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, que está preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Grande Curitiba, onde também estão os “companheiros” João Vaccari Neto e José Dirceu.

A grande questão envolvendo André Vargas está nos negócios que o outrora parlamentar fez no âmbito da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, assunto que em breve deve voltar à tona, pois informações estão sendo cruzadas para possivelmente colocar os comparsas do ex-petista atrás das grades.

Um dos parceiros de negócios de Vargas nos subterrâneos do poder central é um empresário de nome Alceu, que costumava externar sinais de riqueza “como nunca antes na história deste país”. Alceu, que inclusive colocou um jatinho à disposição de André Vargas nos tempos de bonança criminosa, simplesmente desapareceu da capital dos brasileiros. Possivelmente porque teme ter de abrir a porta de sua luxuosa residência e se deparar, logo cedo, com o agente federal Newton Ishii, conhecido como o “Japonês da PF”.


Alceu, que trocou uma milionária e concorrida cobertura no setor Noroeste de Brasília por uma mansão às margens do Lago Sul – imóvel possivelmente adquirido com o dinheiro sujo dos negócios com Vargas -, teria decidido passar as festas de final de ano nos Estados Unidos, de onde monitora os desdobramentos da Lava-Jato e o noticiário sobre o escândalo de corrupção.

O empresário, que costuma circular em caros automóveis importados atrás escuras películas de proteção para não ser reconhecido, pode estar muito mais amedrontado que o normal. Isso porque André Vargas ainda tem direito de aderir à delação premiada e contar o que sabe.

Se isso acontecer, o castelo dourado do poderoso Alceu ruirá em questão de horas, pois há uma disposição da força-tarefa da Lava-Jato de não deixar pedra sobre pedra no esquema de corrupção que durante uma década funcionou à luz do dia e de forma deliberada, sempre com a anuência do Palácio do Planalto. E o editor do UCHO.INFO já se colocou À disposição das autoridades para detalhar o esquema.

O medo que vem tirando o sono do ex-comparsa de Vargas é tamanho, que uma nova viagem ao exterior já está agendada para o período de Carnaval. Isso se o “Japonês da PF” não madrugar na porta desses saqueadores dos cofres públicos coma fantasia de “Irmãos Metralha”. Resta saber quem será o primeiro a se fantasiar antes de engrossar o time do presidiário André Vargas.

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