Lava-Jato: Moro acolhe pedido da PF e do MPF e converte prisão provisória de Palocci em preventiva

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Confirmando notícias do UCHO.INFO publicadas nas edições de quinta-feira (29) e desta sexta (30), o juiz federal Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato, transformou o status da prisão de Antonio Palocci Filho e de Branislav Kontic, que passou de provisória para preventiva. Isso significa que a dupla de alarifes, presa na Operação Omertà (35ª fase da Lava-Jato), ficará presa por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada no final da tarde desta sexta-feira, quando o Moro também concedeu liberdade ao ex-secretário da Casa Civil Juscelino Antônio, também preso na mesma operação. Contudo, Juscelino deverá entregar o passaporte e está proibido de deixar o País ou mudar de endereço sem informar a Justiça.

De acordo com a força-tarefa, Palocci e Kontic são suspeitos de agir em favor da empresa Odebrecht junto ao governo federal. O ex-ministro dos governos Lula e Dilma é investigado por supostamente ter recebido R$ 128 milhões em propina, em nome do PT, cujos pagamentos tinham como base contratos da empreiteira baiana com a Petrobras.


A decisão do juiz Sérgio Moro seguiu o conteúdo dos pedidos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Em seu despacho, o magistrado deixa claro que a prisão de Palocci ocorreu com base em provas de que o petista não apenas recebeu dinheiro proveniente da corrupção, mas, com tal numerário, providenciou a quitação de dívidas de campanhas do PT.

“Ademais, considerando a causa das prisões preventivas, entre elas a prova, em cognição sumária, de que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic teriam intermediado o pagamento subreptício de milhões de dólares e de reais para campanhas eleitorais, inclusive para o pagamento de publicitários em conta secreta no exterior, o propósito da lei, de evitar interferência indevida nas eleições e proteger a sua integridade, parece ser mais bem servido com a prisão cautelar do que com a liberdade dos investigados”, ressaltou.

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