Líder separatista da Ucrânia rejeita pedido de cessar-fogo; violência aumenta no país

(Reuters)
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Pavio aceso – Após uma escalada da violência no leste da Ucrânia, que deixou 44 mortos em 24 horas, o líder da autoproclamada república de Donetsk, Alexandre Zakhartchenko, rejeitou nesta sexta-feira (23) qualquer possibilidade de um cessar-fogo. Na quinta-feira (22), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu a aplicação imediata do acordo de paz de Minsk, assinado em setembro passado, e condenou o bombardeio de um ônibus elétrico em Donetsk, que deixou ao menos 13 mortos. A ONU pediu uma investigação urgente sobre o ataque.

“Da nossa parte não vamos mais falar sobre um acordo de paz com o governo ucraniano”, afirmou Zakhartchenko, segundo a agência Interfax. “Vamos lançar uma ofensiva em toda a região de Donetsk”, ameaçou o líder separatista. Os conflitos desta semana já são considerados os mais violentos desde setembro.

Controle do aeroporto de Donetsk

Na noite de quinta-feira (22), o exército ucraniano perdeu o controle do aeroporto de Donetsk, no leste da Ucrânia, após intensos confrontos com os rebeldes separatistas pró-russos. O local era considerado como um ponto estratégico, localizado na entrada do principal reduto da rebelião. Desde maio do ano passado, as forças ucranianas e os separatistas combatem na região.

O presidente ucraniano, Petro Porochenko, reuniu ontem seu Estado Maior, após o ataque ao aeroporto, a fim de discutir medidas para reagrupar os militares e cessar as violências. Ele prometeu revidar as agressões, mas o exército anunciou nesta manhã a retirada das forças ucranianas do local.

Desde o início do conflito, em abril, mais de 5 mil pessoas morreram nos combates entre os soldados ucranianos e a rebelião pró-Rússia, de acordo com a OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa). (Com RFI)

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