Linfoma não-Hodgkin tem aumentado no Brasil; número de casos duplicou nos últimos 25 anos

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De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer diagnosticado no ator Edson Celulari, o linfoma não-Hodgkin, deve acometer 10.240 novas pessoas no Brasil só em 2016. Segundo o órgão, o número de casos da doença tem aumentado por razões ainda desconhecidas. O número de casos duplicou nos últimos 25 anos.

Esse aumento é observado não só no Brasil, mas também em outros países, e o principal fator de risco para a doença é o envelhecimento da população.

A organização Cancer Research UK, por exemplo, documenta um crescimento de mais de 160% nos casos de linfoma não-Hodgkin desde os anos 1970 no Reino Unido.

Em 2013, foram registrados 13.413 novos casos da doença na região. Já nos Estados Unidos, o número estimado de novos casos para 2016 é de 72.580. Conforme dados do Ministério da Saúde, a doença matou 4.154 pessoas no Brasil em 2013.


A presidente afastada Dilma Rousseff, o ator Reinaldo Gianecchini e a autora Glória Perez estão entre os famosos que enfrentaram o linfoma não-Hodgkin. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, está afastado para tratamento da doença.

O linfoma é um câncer que afeta as células do sistema linfático, que é uma parte importante do sistema imunológico, ou seja, o sistema de defesa do nosso organismo que ajuda a combater infecções. No linfoma, essas células passam a se proliferar de forma descontrolada.

Os dois tipos de linfoma são o de Hodgkin e não-Hodgkin, que corresponde a mais de 80% de todos os casos de linfoma. Existem mais de 20 subtipos de linfoma não-Hodgkin.

O principal sintoma do linfoma não-Hodgkin é o aumento dos gânglios linfáticos, que se manifesta pelo surgimento de carocinhos em regiões como pescoço, virilha e axila. Outros sintomas são febre, suor noturno, tosse, coceira na pele e perda de peso.

Entre as opções de tratamento, estão a quimioterapia, a imunoterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea. Conforme informações da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), as chances de cura são, em média, de 60% a 70%.

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