Lula não gostou do próprio veneno e pensa em processar médica que vazou exames de Marisa Letícia

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Que fique claro que um ato não justifica outro, assim como uma transgressão não é desculpa para outra. Logo após o vazamento dos exames da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu no último dia 3 de fevereiro em decorrência de complicações de um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), o UCHO.INFO condenou com veemência o ato, apesar das críticas recebidas do ensandecido ultradireitismo nacional. No caso em questão, prevalecia naquele momento a privacidade de um ser humano que travava dura batalha contra a morte, a despeito de todas as maledicências covardes que sobraram nas redes sociais.

O Código de Ética médica prevê punição para quem não respeitar a privacidade do paciente, tornando públicas informações sobre seu estado de saúde sem autorização do mesmo ou de familiares. Não bastasse, vazar resultados de exames médicos é atitude típica de quem, movido pela irresponsabilidade, sofre de histrionismo irreversível e busca uma maneira de estar em destaque. Como sempre, este portal prefere destacar-se pelo jornalismo de qualidade, marcado pelo bom senso, equilíbrio e compromisso com a verdade, mesmo que crítico.

Depois de protagonizar um espetáculo pífio durante o velório da própria esposa, Lula, que politizou de forma criminosa a morte da ex-primeira-dama, agora estuda a possibilidade de processar, com direito a pedido de indenização, a médica que vazou os resultados dos primeiros exames de Marisa Letícia, os quais constataram o AVCH. No velório falou em “canalhice” – assunto que ele domina – como responsável pela morte de Marisa. A proposta é dos advogados do petista, que ate agora não apresentaram argumentos convincentes para provar a inocência do cliente no âmbito do Petrolão.

Lula e seus familiares têm o direito de recorrer à Justiça para buscar reparação pelo dano causado, o que em parte será um bom exemplo para que novos vazamentos não aconteçam, mas é preciso voltar no tempo e agarrar-se à coerência, algo que o petista-mor não aprecia.


Documentos sigilosos, médicos ou não, são em tese invioláveis, como o próprio nome diz, mas a insanidade que marca a guerra ideológica que avança no País permite esses arroubos de irresponsabilidade. Nos tempos de oposição, petistas sempre aterrissavam nas redações dos “jornalões” para tentar emplacar documentos sigilosos de adversários políticos. Questionados sobre a origem dos mesmos, os “companheiros” sempre alegavam que haviam recebido de fonte anônima.

O tempo passou e a tecnologia evoluiu, permitindo identificar, cedo ou tarde, os responsáveis por vazamentos. Não se pode esquecer que Lula, por questões de brigas políticas no Congresso Nacional, autorizou o vazamento de dados sobre os gastos do então presidente Fernando Henrique Cardoso e da correta Ruth Cardoso. Gastos da Presidência estão protegidos por sigilo com base na Lei de Segurança Nacional, mas o vazamento, operado por Dilma Rousseff, aconteceu sem as prometidas punições exemplares.

Na campanha presidencial de 2010, quando Dilma e José Serra participavam da corrida ao Palácio do Planalto, dados fiscais de parentes do tucano e de alguns correligionários foram vazados como forma de minar as chances do candidato do PSDB. Também nesse caso, as prometidas punições exemplares jamais aconteceram. Na melhor das hipóteses puniram um “soldado raso” do exército vermelho do PT.

Não importa se dados vazados referem-se a exames médicos, gastos presidências ou declarações de imposto de renda. São vazamentos e nada mais. Em suma, Lula experimentou do próprio veneno, mas não gostou do sabor acre do mesmo. Por isso pensa em ingressar na Justiça contra a médica, pois assim terá mais um ingrediente para seu destrambelhado de retornar ao comando do País. Deus nos livre dessa chaga e ouça as nossas preces.

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