Lula prometeu segurança exemplar no Rio depois do Pan, mas última madrugada carioca foi de mortes

Papo furado – Modelos políticos totalitaristas só avançam quando a imprensa, que deveria zelar pela liberdade e defender os interesses da sociedade, acaba se curvando diante do dinheiro que entope os cofres de governos ditatoriais. Diferentemente do que aconteceu nos tempos da chamada Cortina de Ferro, quando os regimes de exceção dominaram o Leste Europeu de forma covarde e criminosa – situação que ainda perdura em alguns países árabes – a América Latina enfrenta uma lufada esquerdista que busca instalar no continente ditaduras civis.

Esse movimento recrudesce quando a imprensa, sob o manto do politicamente correto, se limita a noticiar os fatos do cotidiano, sem em nenhum momento fazer conexões com acontecimentos pretéritos, ao mesmo tempo em que deixa de emitir opiniões sobre temas em que fica evidente a falência do Estado e a sanha ditatorial que cresce de maneira ameaçadora no Brasil. À imprensa não cabe o papel de julgar e condenar, o que deve ser feito pela Justiça, mas é preciso apontar quem são os malfeitores da nação.

Dias antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, ocasião em que foi alvo de sonora e histórica vaia no Maracanã, Luiz Inácio da Silva afirmou que, encerrada a competição esportiva, a capital fluminense e seu entorno teriam à disposição o melhor e mais completo sistema de segurança pública do País. Passados quatro anos, o Rio continua ostentando a sua porção de faroeste tropical.

Para provar que o então discurso de Lula não passou de uma ode à mitomania, na última madrugada o Rio de Janeiro foi cenário de violência e morte. Em três comunidades distintas, cinco pessoas morreram e outras três ficaram feridas.

Ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. (PCdoB) disse nesta quinta-feira (5), ao participar do programa radiofônico “Bom Dia Ministro”, que a segurança pública durante a Copa de 2014 estará vinculada ao Ministério da Justiça e terá uma secretaria especializada. “No Brasil, quem dirige a questão de segurança é o Ministério da Justiça. Inclusive, deve ser criada uma secretaria especialmente voltada para a preparação das questões de segurança da Copa de 2014, no âmbito o Ministério da Justiça. Uma secretaria que tem o papel de integrar as forças de segurança das cidades e de todos os estados que receberão os jogos da FIFA. Vão ter o suporte das Forças Armadas, trabalhos de inteligência, teremos, sim, um esforço extraordinário, especial de segurança para que aconteça com conforto e segurança o mundial da FIFA”, declarou Orlando Silva.

Trata-se de mais uma inverdade, pois é sabido que a insegurança pública só pode ser enfrentada com o patrulhamento das fronteiras brasileiras, algo que o governo do PT prefere ignorar para garantir a sobrevivência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que tem no tráfico de armas e drogas a sua principal fonte de renda. Para quem não se recorda, as FARC e o PT são integrantes do Foro de São Paulo, movimento que reúne a chicaneira esquerda latino-americana.

Não faz muito tempo, quando o Rio de Janeiro disputava com a capital paulista o direito de abrigar a sede da FIFA durante a Copa de 2014, o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB) disse, ao exaltar a beleza da Baía da Guanabara: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”. Por enquanto, quem tem dado chineladas no Rio de Janeiro é o crime organizado, que transformou Eduardo Paes e Sérgio Cabral Filho (PMDB), o governador falastrão, em alvo de galhofas nacionais.