Freio puxado – Analistas do mercado financeiro reduziram, pela quarta vez consecutiva, a projeção para o crescimento da economia em 2012. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,99% para 2,72%. Para 2013, foi mantido o índice de 4,5%.
Na última sexta-feira (1), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 1,03 trilhão.
Com a desaceleração do ritmo de crescimento da economia, o Banco Central tem apostado na redução da taxa básica de juro (Selic) para estimular a atividade econômica. Na última quarta-feira (30), o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) anunciou novo corte da Selic, o quarto do ano. A redução de meio ponto percentual fixou a Selic em 8,5% ao ano.
Para o final de 2012, os analistas esperam que a Selic esteja em 8% ao ano, enquanto que para o final de 2013 a previsão é de 9,38%, ante 9,5% estimados anteriormente.
A pesquisa do Banco Central também abrange a previsão dos analistas financeiros para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ficar, neste ano e no próximo, acima do centro da meta fixada pelo governo, de 4,5%, mas abaixo do teto de 6,5%. Para 2012, a previsão de inflação caiu pela terceira semana seguida, ao passar de 5,17% para 5,15%. Em 2013, os analistas esperam inflação de 5,6%.
Caminho errado
Repetindo a receita adotada pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, em 2008 e 2009, a neopetista Dilma Rousseff erra ao incentivar o consumo interno como forma de minimizar os efeitos da crise financeira que chacoalha a União Europeia e se espalha pelo planeta. Mesmo com a redução das taxas de juro por parte dos bancos oficiais e privados, a capacidade de endividamento dos cidadãos está cada vez mais comprometida, enquanto a disparada da inadimplência impede a concessão de crédito novo.
A exemplo do que noticiou o ucho.info em matéria anterior, o que o governo do PT vem fazendo desde a era Lula é “financeirização da pobreza”, ou seja, empurrando ao consumo aqueles que não têm condições financeiras para comprar. Todo esse cenário utópico surgiu a partir da mitomania que marcou a chegada de 40 milhões de novos consumidores à chamada classe média. Com boa parte dos trabalhadores brasileiros recebendo no máximo dois salários mínimos, imaginar que o consumismo será a tábua de salvação é no mínimo um misto de incompetência com irresponsabilidade.