Michel Temer afirma que projeto de reforma dará tratamento igualitário às previdências geral e pública

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Se a votação em primeiro turno do texto-base da Proposta de Emenda Constitucional 241/2016, a PEC do Teto de Gastos, provocou uma enorme chiadeira entre os integrantes da atual oposição (leia-se esquerda raivosa), o barulho será igual ou maior no caso do projeto de reforma previdenciária. E a zoeira deve ultrapassar com facilidade os limites do Congresso Nacional, ecoando em todos os cantos do País. Isso porque os opositores insistem em vender a ideia de que o governo é golpista e por isso busca violar direitos adquiridos.

Nesta terça-feira (11), o presidente Michel Temer anunciou que a reforma previdenciária acabará com a distinção existente entre a previdência geral e a do setor público. De acordo com o presidente, as regras serão as mesmas, o que de certo provocará protestos nas mais distintas frentes da sociedade.

Sindicalistas já protestam antes de conhecer o projeto, mas quando esse chegar ao Congresso a chiadeira deve se estender inclusive até a caserna, onde o regime previdenciário é diferenciado, sob a alegação de que a carreira militar é distinta das demais. A grande questão na previdência dos militares não está na aposentadoria em si, mas na extensão da mesma às esposas e às filhas não casadas. Esse privilégio deve acabar com a reforma.

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Caso nada seja feito para reverter a tragédia que se instalou na previdência geral e na do setor público, como um todo, dentro de alguns anos a União perderá a capacidade de pagar aposentadorias e pensões. É preciso pensar mais adiante e tomar uma atitude drástica no presente, sob pena de, diante de braços cruzados, em breve o Brasil experimentar a bancarrota.

Se a situação da previdência geral é considerada grave, a do setor público é muito pior, especialmente porque os servidores gozam de benefícios que com o acúmulo dos anos representam verdadeiros absurdos.

Para se ter ideia da situação enfrentada pelo País, furo da bizarrice administrativa de muitos governantes, em especial de Lula e Dilma Rousseff, o déficit da Previdência Social para 2016 está estimado em R$ 147 bilhões. Para o próximo, o rombo previsto é de R$ 187 bilhões. Os números mostram a necessidade de uma reforma urgente na previdência, pois em pouco tempo o sistema há de travar por falta de recursos.


Muito tem se falado sobre o fato de o déficit da Previdência Social ser uma farsa, mas tais afirmações não passam de tradução equivocada da realidade. Os que defendem essa tese ou aqueles que desde já são contrários a uma reforma no setor deveria ser convidados a ocupar o Ministério da Previdência, com o compromisso de revelar a fonte de dinheiro para fazer frente aos compromissos da pasta.

Com a mais grave crise econômica da sua história, o Brasil viu crescer não apenas o número de desempregados, mas dos que ingressaram na informalidade como forma de sobrevivência. Com isso, a contribuição para a Previdência caiu, cenário que deve piorar nos próximos meses. Fora isso, a estimativa de vida do cidadão aumentou ao longo dos anos, ao passo que o crescimento da população entrou em ritmo de crescimento mais lento. Esse quadro gera um descompasso nas contas da Previdência, algo que exige mudanças para ser solucionado.

Quando Lula e Dilma começaram a governar na base do “faz de conta”, o UCHO.INFO afirmou em diversas ocasiões que o resultado da lambança populista seria catastrófico e que o remédio seria amargo. É importante que cada brasileiro assuma sua cota de sacrifício, sem o qual o País afundará ainda mais na vala da crise.

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