Temer precisa assumir o que é prioridade e suspender aumento do funcionalismo, afirma Caiado

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Em audiência pública com o ministro do Planejamento, Dyogo Henrique Oliveira, o senador Ronaldo Caiado (GO) reiterou sua posição contrária ao reajuste do funcionalismo público no momento em que o País vive uma grande e inédita crise. O líder do Democratas no Senado argumentou que, diante de um cenário com 12 milhões de desempregados e um déficit de R$ 170 bilhões nas contas públicas, a prioridade do governo deve ser a reversão do caótico quadro atual, não o reajuste salarial dos servidores.

Caiado também destacou que o povo pediu a saída da Dilma Rousseff do poder justamente para encerrar uma gestão marcada pela incompetência, gastança e corrupção. O debate ocorreu na manhã desta quarta-feira (6) em audiência conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça.

“O momento grave que vive o país com 12 milhões de desempregados exige que tenhamos prioridades. Não sou contra quem quer que seja, mas não é hora de se promover reajuste do funcionalismo público. Nós vamos aumentar salário de quem tem estabilidade enquanto a massa de desempregados cresce e não tem condições de vir a Brasília lutar por alguma perspectiva melhor? O presidente Temer precisa ser menos Dilma e mais Temer porque se existe um novo governo não foi por iniciativa do Congresso ou de lideranças de classe. Foi a voz do povo que não quis mais um governo corrupto e gastador”, disse


O senador goiano ainda questionou o argumento de que o reajuste estaria dentro da nova metal fiscal aprovada este ano. “Mudamos a meta não foi para reajustar salário. A meta foi modificada porque todos diziam que não se sabia o número de esqueletos do governo Dilma. Mas qual é condição de sobrevivência da população brasileira se repetirmos um déficit de R$ 170 bilhões, como já tem ministro comemorando por aí?

Caiado lembrou a crítica situação da saúde do país, uma das áreas que deve estar entre as prioridades do governo. “ Vejam a situação da saúde. Um médico do SUS recebe R$ 10 por uma consulta; R$ 52 para tratar uma fratura da coluna. As pessoas estão morrendo a espera de atendimento e a verba da saúde foi contingenciada pelo governo Dilma. Não podemos nos preocupar com situações menores agora. É hora de ter espírito público”, atestou.

O parlamentar reforçou que a pauta deve estar voltada a recuperar a economia do país e reverter o desemprego. “A pauta agora é dar reajuste para quem tem estabilidade, anistiar gestor incompetente, aumentar carga tributária? O presidente tem que ter coragem de assumir o que é prioridade. Se milhares de pessoas se rebelarem contra isso. Qual resposta teremos para eles?”

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