Ministério da Justiça anuncia plano de combate ao crime organizado; fronteiras devem ser prioridade

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O Ministério da Justiça dá os últimos retoques no programa nacional de combate a homicídios, tráfico de drogas e tráfico de armas. “Não é atuação de subordinação, não é atuação de intervenção, não é atuação de sobreposição. É uma atuação conjunta contra um inimigo comum, que é a criminalidade”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, que participou da cerimônia de posse do novo secretário de Segurança, Roberto Sá, nesta segunda-feira (17).

As ocorrências desses tipos de crimes foram mapeadas nas 27 capitais, cujos resultados serviram de base para o desenvolvimento do programa que busca interromper a escalada da violência em todo o País.

No evento, Moraes não quis comentar as informações de que houve um racha entre as facções criminosas PCC e CV. “Não comento notícias sobre questões de grupos criminosos. Posso dizer é que nosso plano é de combate ao crime organizado. E salientar também que o Departamento Penitenciário está participando do plano. Não é possível se combater de forma séria e dura a criminalidade se não começarmos dentro dos presídios”, destacou.


O programa será apresentado na próxima quarta-feira (19). “Vamos apresentar a última minuta desse programa de combate a homicídios, tráfico de armas e tráfico de drogas para que possamos dar resposta efetiva à criminalidade organizada. Não é possível que o Brasil continue a conviver com mais de 50 mil vítimas todos os anos por homicídio”, pontuou o ministro da Justiça.

Alexandre de Moraes não deu garantias da permanência de tropas da Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro após o segundo turno das eleições municipais, apesar de afirmar que o novo plano de segurança preveja integração entre as forças policiais. “Não é uma operação saturação, em que você não ataca as causas do problema. Estamos fazendo algo para atacar as causas, algo permanente”, finalizou.

Como vem afirmando o UCHO.INFO ao longo dos anos, nenhuma medida contra o crime organizado terá eficácia se o governo federal não agir de forma efetiva e firme nas fronteiras, combatendo o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Ademais, o poder paralelo, comandado pelo crime organizado, é desprovido de burocracia, o que o torna mais ágil do que o Estado.

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