Ministério Público acata nova denúncia contra Requião por uso abusivo de cartões corporativos

roberto_requiao_31Nababo conhecido – O Ministério Público do Paraná acatou denúncia do ex-deputado José Domingos Scarpellini (PSB) contra o senador Roberto Requião (PMDB) por uso abusivo de cartões corporativos durante o governo do peemedebista, entre 2003-2010. A edição nº 9.479 do Diário Oficial do Estado, da última quinta-feira (25), traz a relação de 920 investigações abertas pelo MP, entre elas a de Requião. O senador, que costuma usar um discurso de moralismo udenista, combinado a citações da Carta de Puebla (opção pelos pobres) e críticas ferozes ao capitalismo, desfruta de uma vida de luxo inimaginável para seus crédulos eleitores. Luxo sempre bancado com o suado dinheiro do contribuinte.

Requião é alvo de novo inquérito civil no procedimento aberto pela promotora Claudia Madalozo. “Foram tantos pedidos de abertura de inquéritos contra Requião que vou ter que ver os detalhes deste”, disse o denunciante Scarpellini, responsável na última campanha por outra denúncia, que motivou ação na Justiça, em que Requião responde por usar recursos estaduais para tratar uma tropa de 88 cavalos. A tropilha era mantida na residência oficial de campo do governo do Paraná e servia para alegres passeios matinais e diários do governador com seus amigos. A manutenção dos quadrúpedes custou ao Estado R$ 8 milhões em 8 anos, segundo um Inquérito Policial Militar aberto pela PM do Paraná.

Sobre a nova denúncia acatada pelo Ministério Público, matérias veiculadas na época, entre 2007 e 2009, apontam o uso abusivo de cartões corporativos pelo governo Requião, com gastos superiores a R$ 100 milhões – valores não corrigidos. Na matéria do Jornal do Estado, atual Bem Paraná, de 13 de fevereiro de 2008, Requião admitiu a falta de controle no uso dos cartões corporativos em seu governo.

“Somente em 2007, o governo Requião gastou R$ 20,5 milhões através do cartão, o que representa mais de 27% do total consumido pelo governo federal no mesmo período, que foi de R$ 75 milhões. Os valores foram confirmados pela Secretaria da Fazenda, que informou ainda que no Paraná 11,8 mil servidores possuem o cartão, ou seja, número superior aos 11,5 mil da máquina federal. Ainda de acordo com a secretaria, entre 2003 e 2007 os gastos somaram R$ 76 milhões”.

À época, Scarpellini apresentou à Assembleia Legislativa requerimento, devidamente pedido aprovado pelos deputados, para que o governo encaminhasse as planilhas detalhadas de gastos com os cartões corporativos. A Justiça, através de liminar, também determinou que Requião mostrasse os gastos. Tanto o pedido quanto a determinação da Justiça foram descumpridos na ocasião.

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