Ministro afirma que desemprego no Brasil tende ao agravamento; reforma trabalhista é urgente

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Nesta sexta-feira (30), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, destacou que os números do desemprego, divulgados pelo IBGE, indicam que ainda haverá algum agravamento no mercado de trabalho no País.

Desta forma, o chefe da Casa Civil reforçou a necessidade de avançar nas reformas propostas pelo governo de Michel Temer, especialmente na área fiscal, o que criaria ambiente propício para a retomada da economia e a geração de empregos.

“Nós temos sim que gerar emprego porque, a projetarem-se os números que conhecemos, nós ainda deveremos ter algum agravamento no desemprego. Portanto temos que retomar imediatamente. E para isso precisamos dessas reformas, que já estão precificadas na visão dos investidores”, afirmou Padilha.

Além das propostas que estão em fase de finalização, antes de serem enviadas ao Congresso Nacional, o governo precisa apressar o passo na seara da reforma trabalhista, apesar de toda a chiadeira da oposição e dos sindicatos. Não se trata de mudar as regras, mas flexibilizá-las para que aqueles que estão fora do mercado de trabalho tenham uma chance de retorno.

A questão da reforma trabalhista está sendo tratada pela oposição, majoritariamente esquerdista, sob o viés político, sem qualquer preocupação com aqueles que estão desempregados. Em suma, os partidos de oposição querem usar a agrura alheia para fazer política e manter-se no poder na esteira de um discurso ultrapassado, rançoso e covarde.


Eliseu Padilha também destacou que o governo não se desinteressou pela reforma trabalhista, mas percebeu que, neste momento, não precisaria tomar a iniciativa, uma vez que os três pontos considerados fundamentais pelo governo – o acordado sobre o legislado, a terceirização e o trabalho intermitente – já estão sendo tratados pelo Judiciário e Legislativo.

Sobre a terceirização, Padilha disse que está tramitando tanto no Senado quanto na Câmara, em fase final, um projeto sobre o tema. “Não tem por que o governo se envolver”, falou o ministro.

“O que de melhor o governo pode fazer neste momento é respeitar a independência do Judiciário e do Legislativo”, acrescentou, reforçando que as ações nesse sentido são igualmente importantes para melhorar o cenário econômico e a geração de empregos.

“O governo tem interesse de gerar empregos. Não vamos esquecer que hoje há 12 milhões de brasileiros, 12 milhões de famílias, com um de seus membros ou mais do que um sem emprego”, disse Padilha, em referência aos dados divulgados pelo IBGE.

De acordo com o órgão, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016, o maior resultado já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). São 12 milhões de brasileiros sem emprego.

O discurso de que o governo prefere não se envolver no assunto para respeitar o Legislativo e o Judiciário é conversa fiada de quem teme as consequências políticas de uma reforma importante e necessária. É excesso de comodismo do governo, com pitadas de covardia política, ficar assistindo ao caos de camarote.

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