“Não foi suicídio”, diz a pífia Cristina de Kirchner sobre morte de promotor

cristina_kirchner_22Pero no mucho – Presidente da Argentina, a peronista Cristina Fernández de Kirchner afirmou nesta quinta-feira (22) estar convencida de que a morte do promotor Alberto Nisman “não foi um suicídio”. De acordo com a atual inquilina da Casa Rosada, foram “plantadas pistas falsas” dentro de uma “operação contra o governo”. Esse é um discurso ensaiado pelos integrantes do núcleo duro do governo argentino, balbuciado desde as primeiras horas após a morte de Nisman, que fez graves acusações a Kirchner e a alguns assessores próximos.

Alvberto Nisman investigava o atentado à Associação Mútua Israelense Argentina (Amia), ocirrido em 1994, e apresentaria detalhes da denúncia no Congresso argentino na última segunda-feira (19), dia em que foi encontrado morto em seu apartamento em Buenos Aires.

“Por que alguém ia se suicidar sendo promotor e gozando ele e sua família de uma excelente qualidade de vida?”, destacou a presidente Cristina de Kirchner em seu perfil no Facebook.

Na investigação, o promotor acusa a presidente e o chanceler Héctor Timerman de terem encoberto a participação de iranianos no ataque terrorista à Amia, que deixou 85 mortos e centenas de feridos.

Segundo Nisman, o governo tentou inocentar os acusados iranianos com o objetivo de restabelecer as relações diplomáticas e comerciais entre Buenos Aires e Teerã. A Argentina pretendia trocar petróleo por grãos e vender armas ao Irã, afirmou o promotor. A acusação, que teve sua íntegra divulgada nesta semana, abalou o ambiente político na Argentina.

“Os espiões não eram espiões. As perguntas se tornam certeza. O suicídio (do qual estou convencida) não foi suicídio”, escreveu Cristina. “A acusação de Nisman não somente cai, mas constitui um verdadeiro escândalo político e jurídico.” A viúva de Néstor Kirchner tem o direito de enganar a si própria, mas não pode ignorar as provas, atropelar a lógica e querer que a massa pensante argentina caia em mais uma esparrela oficial.

A perícia apontou que Nisman morreu com um tiro na têmpora, em um caso ainda não esclarecido. A principal suspeita dos investigadores é que possa mesmo ter sido um suicídio, mas a oposição e alguns funcionários do governo sugeriram a possibilidade de que o promotor tenha sido forçado a se matar. (Com agências internacionais)

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