No país de todos, inflação dispara para as famílias com renda de até 2,5 salários mínimos

Hora de verdade – O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação das famílias com renda de até 2,5 salários mínimos, registrou alta no último mês, saltando de 0,27%, em julho, para 0,5% em agosto deste ano. A inflação acumulada no ano chega a 3,93% e, nos últimos doze meses, 6,57%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As taxas são superiores às registradas pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as classes de renda, e ficou em 0,44% em agosto, em 3,51% no acumulado do ano e em 5,69% no acumulado dos últimos doze meses.

Entre os principais responsáveis pelo aumento da inflação, em agosto, para as famílias de renda mais baixa estão os alimentos, cujo índice passou de 0,9% em julho para 1,15% em agosto. Dentro desse grupo de despesas, o destaque ficou com as aves e os ovos, com alta de 2,1% no mês.

Outros grupos que tiveram alta da inflação foram: habitação (que passou de 0,11% em julho para 0,39% em agosto), saúde e cuidados pessoais (de 0,12% para 0,38%), despesas diversas (de 0,06% para 0,15%) e transportes (de -0,01% para 0,02%).

Dura realidade

Ao fato de o governo de Dilma Rousseff não conseguir controlar a inflação, principal item da herança maldita de Lula, acresça-se o fato de dois terços da população economicamente ativa do País receber mensalmente menos do que dois salário mínimos, o que é uma vergonha para governantes que batem no peito quando o assunto é distribuição de renda e comemoram o aumento expressivo da chamada classe média, agora com 40 milhões de novos e incautos consumidores.

A alta no setor de alimentos só não é maior, o que turbinaria a inflação, porque fabricantes usam o subterfúgio de reduzir a qualidade dos produtos para manter os preços. Tal situação pode ser constatada por qualquer consumidor atento. Um dos melhores exemplos da queda de qualidade dos produtos é o papel higiênico, cada vez mais fino. Como se sabe, celulose e papel são vendidos no mercado por peso, não por metragem.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cujas pesquisas sempre serviram de base para a gritaria do outrora oposicionista PT, o salário mínimo ideal, capaz de atender as necessidades mínimas do trabalhador, deveria ser R$ 2.589,78. No país governo por um grupo de falsos Messias, o salário mínimo vale incríveis R$ 622.

Como disse certa vez o messiânico Luiz Inácio da Silva, em um momento de filósofo de lupanar, “nunca antes na história deste país”. Mesmo assim, a presidente Dilma Rousseff consegue tecer loas mentirosas a si mesmo.