Novo relatório da CNT apresentará estradas esburacadas e necessidade urgente de reforma

Piora – Na próxima semana, a Confederação Nacional do Transporte divulga uma nova pesquisa anual sobre as condições das rodovias no Brasil. Embora os dados ainda estejam sendo entabulados, pois muitas equipes de campo ainda não retornaram, já é possível perceber que a malha rodoviária nacional não é das melhores.

A principal observação dos pesquisadores é que a reforma feita pelo “Contratos de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema)”, nos últimos cinco anos, começa apresentar fadiga e em vários trechos aparecem crateras gigantescas.O documento é o mais completo sobre as estradas federais e estaduais e deve apresentar mais um problema grave de infra-estrutura que a presidente Dilma Rousseff terá que enfrentar.

O trabalho de levantamento começou a ser feito há pouco mais de um mês por 60 equipes em cerca de 90 mil quilômetros, 35 mil dos quais em estradas estaduais. O relatório, além da observação textual do técnico, é apresentado em fotos e vídeos.

No relatório da Pesquisa CNT de Rodovias, com a participação do Sest-Senat, apresentado no ano passado, 14,7% das rodovias avaliadas são classificadas como ótimas, 26,5% como boas, 33,4% são regulares, 17,4% estão ruins e 8%, péssimas. Em 2009, a Pesquisa CNT de Rodovias analisou 89.552 km. O percentual de rodovias ótimas foi de 13,5% e de boas, de 17,5%. As regulares somaram 45%. E os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

Comparativamente ao ano de 2009, foi possível observar uma melhoria na extensão do pavimento classificado como ótimo ou bom de 8,3 pontos percentuais. Com relação à sinalização, também houve melhoria na extensão dos trechos classificados como ótimos ou bons de 5,7 pontos percentuais.

De 2007 a agosto de 2010, o governo Lula investiu R$ 27,71 bilhões em infraestrutura de transportes. Já no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, de 1999 a 2002, foram investidos apenas R$ 4,15 bilhões.