O destemperado Requião acusa senadores favoráveis ao impeachment de terem “negociado o voto”

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que recentemente emplacou um irmão e assessores no Conselho e na diretoria da binacional Itaipu, resolveu adotar postura agressiva contra os senadores favoráveis ao impeachment da ainda presidente Dilma Rousseff.

O peemedebista, que em terras paranaense é conhecido pela alcunha de “Maria Louca”, acusa de corrupção, em vídeo gravado e disponível no Youtube, os senadores que votarão pelo afastamento da “companheira” Dilma.

No vídeo, Requião afirma acreditar que a lucidez dos argumentos do ministro José Eduardo Martins Cardozo (Advocacia-Geral da União), na Comissão Especial do Impeachment, “certamente convence o conjunto dos senadores de que o impeachment é ilegal, e que a presidente (Dilma) não cometeu crime de responsabilidade algum”. O vídeo foi gravado no Twitter.

“O mesmo digo sobre à atuação de alguns senadores que mudam, sem dúvida, a opinião do conjunto, mas o voto não, porque o voto já foi negociado anteriormente”, conclui o parlamentar, em grave acusação aos senadores que, em sua maioria, pretendem votar a favor do impeachment da presidente.


Pela importância que detém no bojo da federação, o Paraná não merece ter como representante no Congresso um senador que troca a própria consciência por um punhado de cargos na estrutura federal.

É fato que os cargos distribuídos por Requião em Itaipu representam o sonho de alguns nababos dessa barafunda chamada Brasil, mas é inaceitável que esse criminoso escambo continue dando o tom da política nacional.

Nesse imundo balcão de negócios instalado no Parlamento, que há muito funciona como o caixa de um lupanar, combina-se de tudo, desde que a contrapartida seja à altura. Isso posto, Roberto Requião não tem condições de apontar o indicador na direção dos senadores favoráveis ao impeachment de Dilma.

Ademais, esse papel ultrajante do senador paranaense só encontra explicação na sua necessidade de manter os cargos em Itaipu, o que depende da permanência de Dilma no poder.

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