Ofensiva curda iraquiana rompe cerco do “Estado Islâmico” no norte do Iraque

estado_islamico_34Perdendo terreno – Esta é considerada, até então, a ofensiva mais bem sucedida contra o “Estado Islâmico” (EI). Combatentes curdos, apoiados pela força aérea da coligação internacional, romperam na quinta-feira (18) o cerco do Monte Sinjar, no norte do Iraque. O território era dominado há várias semanas pelo grupo extremista do EI.

“As forças peshmerga alcançaram o monte Sinjar, o local mais elevado da montanha. Uma vasta área foi liberada”, declarou o presidente do Conselho de Segurança Nacional da região iraquiana curda, Masrour Barzani. Na área, centenas de pessoas da minoria religiosa yazidi estiveram encurraladas por meses.

A operação para recuperar a montanha levou dois dias. Desde o começo desta semana, foram efetuados cerca de 70 ataques aéreos no Iraque – um dos bombardeamentos mais pesados desde o início do apoio aéreo dos Estados Unidos, em agosto. Somente na região do Monte Sinjar, os militares americanos comunicaram “45 ataques em apoio aos peshmerga e às forças de segurança iraquiana que operam na região”.

“A operação foi um sucesso e agora podemos retirar as pessoas da montanha para lugar mais seguro, se elas assim desejarem. Vamos tentar limpar completamente toda a área”, completou Barzani. “Nós damos esta notícia ao povo do Curdistão e ao mundo. Os inimigos do Curdistão, os inimigos da humanidade e da coexistência sofreram uma grande derrota.”

Ainda durante esta semana, os peshmerga afirmaram que recapturaram seis regiões durante a fase inicial da ofensiva. A estimativa é de que 100 combatentes do EI tenham sido mortos. Os cerca de 8 mil soldados curdos peshmerga recapturaram aproximadamente 700 quilômetros quadrados de território. Nas redes sociais, combatentes curdos divulgaram diversas fotografias ao lado de corpos de jihadistas do EI.

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EUA anunciam morte de líderes do EI

A quebra do cerco no Monte Sinjar é acompanhada de relatórios divulgando que os ataques aéreos no norte do Iraque mataram vários líderes do “Estado Islâmico” ao longo das últimas semanas.

“Posso confirmar que, desde meados de novembro, a coalizão realizou ataques aéreos que mataram vários líderes do alto e médio escalão”, confirmou o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, através de um comunicado.

“Acreditamos que a perda desses líderes-chave degrada a capacidade do EI de comandar e controlar operações contra as forças de segurança iraquianas, incluindo as forças locais curdas”, disse Kirby.

Recentemente a administração do presidente Barack Obama decidiu enviar mais 1,5 mil soldados americanos ao Iraque para aconselhar e treinar os iraquianos. Nas próximas semanas, as primeiras tropas americanas chegarão ao Iraque para treinar forças iraquianas a recuperar áreas tomadas pelo EI, como a cidade de Mosul, no norte do país.

“Acho que o que devemos fazer, especialmente no interior do Iraque, é continuar o treinamento. Acho que estamos falando de um mínimo de três anos”, disse o tenente-general do Exército dos EUA, James Terry. Mas ele preferiu não comentar quando uma potencial operação para retomar Mosul pode ser lançada. (Com agências internacionais)

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