Operação Lava-Jato: Dilma abusa da “non sense” e diz que mandou investigar aquilo que desconhecia

dilma_rousseff_460Avesso do avesso – Dilma Rousseff, a candidata, está preocupada com as consequências do vazamento de detalhes dos depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, a procuradores e delegados federais, em Curitiba. Por conta disso, Dilma, a presidente, tem dado declarações estapafúrdias e que são antíteses umas das outras. Isso mostra que a candidata não pode confiar na presidente.

No afã de minimizar os estragos, Dilma, a presidente, disse ao jornal “O Estado de S. Paulo”, durante entrevista, que jamais soube dos “malfeitos” na Petrobras. Por outro lado, a mesma Dilma, a presidente, disse a jornalistas, em Brasília, que o mais importante é que ela ordenou à Polícia Federal que investigasse a Petrobras. É exatamente nesse ponto que mora a dicotomia da petista. Ora, se Dilma não sabia dos “malfeitos”, como conseguiu ordenar a investigação que sequer existia, pelo menos na sua órbita? Apesar da rima desnecessária, a presidente mente.

É preciso ir por partes ao analisar o fato. Com a chegada do “companheiro” Lula ao Palácio do Planalto, Dilma, que à época era considerada uma especialista em energia, assumiu o comando do Ministério de Minas e Energia, pasta que tem em seu guarda-chuva a Petrobras, a maior empresa brasileira. Apenas por esse detalhe a então ministra deveria saber dos desmandos que aconteciam na petroleira, tudo com o expresso consentimento do agora lobista de empreiteira.

Com a eclosão do escândalo do Mensalão do PT, Dilma foi indicada para substituir José Dirceu na chefia da Casa Civil, pasta que também tem conhecimento de tudo que se passa nas entranhas da Petrobras, começando pelas maracutaias que serviram para que o PT pudesse comprar apoio no Congresso Nacional, transformando Lula em um falso fenômeno, não sem antes fazer do parlamento um bataclã político.

Dilma, como comandante da mais importante pasta do governo federal, a Casa Civil, sabia que Lula despachava quase que diariamente com Paulo Roberto Costa, segundo relato do próprio “alcaguete” às autoridades que estão a investigar os desdobramentos da Operação Lava-Jato. Se nem isso Dilma sabia, com certeza ela não tinha competência, como ainda não tem, para assumir cargo de tamanha importância.

Na sequência, Dilma foi indicada para presidir o Conselho de Administração da Petrobras, cargo que permite acesso a todos os dados da companhia, começando pelos “malfeitos”. Se Dilma jamais se preocupou com os desmandos cometidos na estatal para, entre tantas coisas, financiar a criminosa base aliada, ela nunca deveria ter sido indicada para a presidência do Conselho da companhia petrolífera.

No rastro do escândalo de Pasadena, Dilma disse que jamais tomou conhecimento da bisonha e superfaturada compra da refinaria texana, negócio que fez a alegria dos donos da empresa belga Astra Oil, que meses antes comprara a obsoleta planta, revendendo-a em seguida por uma verdadeira fortuna. Dilma sempre soube desse “malfeito”, pois cargos na direção da refinaria de Pasadena foram usados por petistas como moeda de troca para se obter o silêncio daqueles que sabiam demais do esquema bandoleiro que propulsou o malfadado Mensalão do PT.

Mais adiante, ainda em 2010, Dilma foi apresentada ao eleitorado brasileiro como a “gerentona” e única garantia de continuidade. Nesse ponto surge outra dicotomia. Qualquer pessoa de bom senso espera que outra que é chamada de “gerentona” tenha o controle de tudo que está sob seu comando. E por causa desse detalhe Dilma deveria saber do que ocorria nos subterrâneos da Petrobras.

Os desmandos avançavam na Petrobras quando Dilma, em outubro de 2010, foi eleita presidente da República. Confirmada sua vitória, a petista disse, como fazem nove entre dez políticos, que em seu governo o combate à corrupção seria implacável. Mentira das grandes, pois nos dois primeiros anos do governo da “gerentona”, também “mãe do PAC”, o malabarista Paulo Roberto Costa permaneceu como diretor da Petrobras, fazendo todas as barbaridades que fizera anos antes com as bênçãos de Lula. E Dilma sabia de tudo e mais um pouco.

De tal modo, Dilma Vana Rousseff pode até fingir que não sabia dos “malfeitos” na Petrobras, assim como fez em relação ao cofre do ex-governador Adhemar de Barros, mas mandar investigar aquilo que se desconhece é demais. Ou será que Dilma está a zombar dos brasileiros de bem e que ainda pensam porque isso é um direito de qualquer ser humano? Sendo assim, Dilma deveria buscar ajuda na empresa que produz o popular e famoso óleo de peroba, pois em tempos de estiagem severa é preciso proteger as faces lenhosas.

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