Dia do fico – Na segunda-feira (24), a diretoria do São Paulo Futebol Clube conversou novamente com Juan Carlos Osorio e ouviu do técnico colombiano a promessa de que ele recusará o convite da seleção México e permanecerá no cargo como mandatário do tricolor.
A reunião foi entre Osorio e o vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, que mais cedo afirmara que ainda não tinha “resposta definitiva” do técnico sobre a possível saída.
Ataíde foi ao centro de treinamento da Barra Funda para falar com Osorio. O encontro entre Ataíde e Osorio, que aconteceu no treinamento da Barra Funda, tratou pela primeira vez sobre a proposta da seleção do México, que recentemente demitiu Miguel Herrera e anunciou o brasileiro Ricardo Ferretti, vice-campeão da Copa Libertadores pelo Tigres (MEX), como interino por quatro jogos até a escolha do próximo treinador.
Até o meio da tarde de segunda-feira, o São Paulo FC viveu momentos de incerteza em relação à permanência do treinador. Osorio, que até o último domingo (23) dizia internamente que não deixaria o clube, falou publicamente que conversaria com a família e que não descartava trocar o São Paulo pela seleção do México. Inclusive, o colombiano chegou a comentar no CT da Barra Funda que era grande a possibilidade de pedir demissão.
A reclamação do técnico, com razão, é em relação à diferença entre o projeto apresentado quando o cargo lhe foi oferecido e a situação real. Na ocasião, o clube do Morumbi teria informado que teria de vender somente o zagueiro Rodrigo Caio para sanar problemas financeiros. Porém, após três meses, já foram vendido oito atletas, sendo que cinco seriam titulares com o treinador colombiano: Paulo Miranda, Dória, Rafael Toloi, Denilson e Souza, além de Boschilia, Ewandro e Cafu.
Nesta última reunião, o São Paulo trabalhou para demover Osorio da ideia de aceitar o convite do México. A visita de Ataíde Gil Guerreiro ao CT serviu para isso e, agora, a diretoria são-paulina acredita estar livre da possibilidade de ver seu técnico pedir demissão – mesmo com as três derrotas seguidas para Goiás, Ceará e Flamengo. O colombiano tem apoio de todo o departamento de futebol, do presidente Carlos Miguel Aidar, e de outras figuras importantes do clube.
O tricolor admite que descumpriu a promessa do projeto feito ao treinador quando lhe ofereceu o cargo. Entretanto, o clube argumenta que foi forçado a vender tantos jogadores porque a crise financeira se agravou nos últimos meses e a transferência de Rodrigo Caio ao Valencia, que renderia quase R$ 40 milhões ao clube, não aconteceu. (Danielle Cabral Távora)
