Paulo Amaral desiste de disputar eleição no São Paulo FC e Leco volta a ser candidato único

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Um dia após anunciar que lançaria candidatura à presidência do São Paulo Futebol Clube, Paulo Amaral Vasconcellos, presidente tricolor entre 2000 e 2002, desistiu de disputar a eleição do próximo dia 27 de outubro contra Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

O site ESPN confirmou a informação com o conselheiro Marco Aurélio Cunha na tarde deste último sábado. Amaral está fora do Brasil e não foi localizado.

Amaral havia confirmado um dia antes que competiria com Leco pela presidência até abril de 2017. Contava com o apoio do grupo do ex-presidente Fernando Casal de Rey, homem forte no conselho do Tricolor Paulista.

Um dos motivos para a desistência do ex-presidente foi a repercussão negativa de sua candidatura, especialmente após comentário do goleiro Rogério Ceni, que declarou sobre Paulo Amaral: “Não vale a pena falar uma palavra desse senhor. Não vale a pena citar qualquer frase desse senhor”.

A relação entre Ceni e Amaral é conturbada por conta de um desentendimento ocorrido há 14 anos, quando o goleiro teria anunciado à diretoria que tinha recebido uma oferta do Arsenal. Paulo Amaral, presidente do clube na época, declarou que o goleiro forjou a proposta. O ídolo são-paulino, que sempre negou a história, foi punido pelo ex-mandatário com quatro semanas de afastamento como ‘castigo’.

Amaral foi presidente do São Paulo entre 29 de abril de 2000 e 20 de abril de 2002. Há 15 anos, venceu o pleito justamente contra Leco e com diferença de apenas quatro votos. Na sua gestão, o São Paulo FC venceu o Campeonato Paulista-2000 e o Torneio Rio-São Paulo-2001, além de vice-campeão da Copa do Brasil-2000 e da Copa dos Campeões-2001.

Agora, Leco é candidato único para a eleição no próximo dia 27, pelo menos até o momento. Quem quiser concorrer com ele tem até o dia o próximo dia 22 para lançar a candidatura, prazo máximo para apresentar a inscrição no Tricolor. Leco é considerado o favorito para estabelecer a paz no Morumbi. Desde a renúncia de Carlos Miguel Aidar, no último dia 13, o clima deixou de ser ruim entre os conselheiros.

Aidar sofria muita pressão para sair, especialmente após o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, acusá-lo por e-mail de ganhar dinheiro por meio de comissões na contratação de jogadores e em acordos com patrocinadores.

“Poderá surgir outra candidatura, para ocupar espaço no clube, para se ver livre de aproximações se as coisas não andarem bem. Mas o dever dos grandes são-paulinos, inclusive do Leco, será convergir, fazer um governo de restauração política, abrindo espaço aos que estão longe há muito tempo, pessoas como Fernando Casal, José Dias, evitar os que ocuparam cargos nos últimos anos em cargos principais e fazer um governo próprio sem ser rotulado por ala A ou B”, declarou Marco Aurélio Cunha.

“Ele [Leco] poderia fazer um governo de reconstrução evitando as figuras carimbadas. Para mim essa seria a chave do sucesso”, finalizou.

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