Petrolão: lista de Janot causa tensão no meio político, mas julgamento dos culpados pode demorar

rodrigo_janot_02Pé no freio – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, é o responsável pelo clima de tensão e expectativa que se instalou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, como maior incidência no Congresso Nacional. Esse momento impar da história nacional se deve ao fato de que Janot deverá apresentar até quarta-feira (4) a lista de políticos envolvidos no Petrolão, maior esquema de corrupção da história da humanidade e que foi interrompido pela Polícia Federal no vácuo da Operação Lava-Jato.

Muito se falou a respeito da tal lista nos últimos meses, o que só foi possível por causa dos nomes mencionados em depoimentos dos delatores da Lava-Jato, sendo que alguns acabaram vazando para a imprensa, que como sempre fez estardalhaços vários.

Muito estranhamente, o procurador-geral da República, que vem sofrendo pressões de todos os naipes nas últimas semanas, não oferecera denúncia contra os políticos envolvidos, limitando-se a solicitar ao Supremo Tribunal Federal, a quem compete tratar dos casos em que envolvidos estão detentores de foro privilegiado, a abertura de investigações. Isso significa dizer que as investigações feitas nos últimos anos pela Polícia Federal e pelo próprio Ministério Público Federal serão descartadas. No máximo servirão de ponto de partida para novas investigações, como se as provas até agora reunidas fosse nulas.

Que Rodrigo Janot está na alça de mira de muitos políticos graúdos todos sabem, mas o procurador tem nas mãos a oportunidade de mostrar ao País que o Ministério Público cumpre de fato o seu papel de defender os interesses da população como um todo. E vale salientar que o povo brasileiro não mais suporta a roubalheira que devasta o País desde janeiro de 2003, quando Luiz Inácio da silva subiu a rampa do Palácio do Planalto.

Com base em informações não confirmadas, que passaram a circular nas entranhas do poder nos últimos dias, a lista de Rodrigo Janot deve conter entre trinta e quarenta nomes de políticos que de alguma forma participaram do esquema criminoso que funcionava na Petrobras, mas o UCHO.INFO, como já noticiou, afirma sem medo de errar que são pelo menos sessenta os envolvidos na roubalheira.

Requerer a abertura de investigações, descartando a oferta de denúncia contra os envolvidos, é não apenas um enorme desserviço ao País, mas também um endosso para que a malandragem continue agindo livremente. Fora isso, a decisão de Janto representa um sinal verde para o PT avançar em seu projeto totalitarista de poder, cujo objetivo é transformar o Brasil em uma versão agigantada da Venezuela, que vem sendo corroída pela lufada comunista que sopra na América Latina.

Muitos hão de perguntar por qual razão o site não divulga os nomes dos sessenta envolvidos no carrossel de corrupção que girava na estatal petrolífera, mas lembramos que é preciso fazer jornalismo com responsabilidade e ética, sob pena de o trabalho do site ficar desacreditado e a Operação Lava-Jato tornar-se alvo de argüição de nulidade. O único senão nessa epopeia criminosa é que a escolha de Rodrigo Janot poderá adiar por muitos anos a condenação daqueles que arrombaram os cofres da Petrobras.

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