PNAD revela o crescimento da desigualdade social e escancara a mitomania de Dilma

dilma_rousseff_459Sem desculpas – A desigualdade social aumentou e retornou ao patamar de 2011, destaca a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O assunto foi manchete em todos os veículos de comunicação, até porque os números da PNAD mostram que é mentiroso o discurso de Dilma Rousseff, a presidente-candidata, acerca da ação do governo para promover a redução da desigualdade no País.

Analisando os dados da PNAD é possível perceber o fracasso do governo do PT na área econômica. Medida pelo índice de Gini, a distribuição de renda passou de 0,496, em 2012, para 0,498 no ano passado. A pesquisa foi realizada pelo IBGE em setembro de 2013, o que significa que os números sobre a desigualdade social podem ser ainda piores.

Entre os dados que merecem destaque está o que aponta maior desigualdade na região Nordeste do país, onde o “Bolsa Família” tem forte presença. Isso significa que a inflação vem corroendo o poder de compra do benefício pago aos inscritos no programa federal. Por mais que Dilma Rousseff e seus assessores insistam em esconder a verdade, essa acaba surgindo em meio aos números, os quais radiografam com precisão a realidade econômico-social de um país que começa a ser devorado pela estagnação.

A desigualdade social cresceu no Brasil por culpa também da incapacidade do governo Dilma de planejar o futuro longe da fanfarrice palaciana, que tomou conta do Estado desde a chegada de Lula ao poder central, em janeiro de 2003. Sem investimento em infraestrutura e apostando no consumo interno como antídoto contra a crise, o governo empurrou o Brasil ladeira abaixo em todos os quesitos.

Outro detalhe importante da PNAD que merece ser analisado é o que trata da faixa etária dos cidadãos que estão no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, diminuiu o número de pessoas entre 15 e 29 anos que trabalham, enquanto cresceu o de cidadãos com mais de 50 anos que continuam empregados. Desse dado é possível extrair dois temas importantes e preocupantes. O primeiro deles é que os jovens que não estão no mercado de trabalho podem estar inseridos no grupo conhecido como “nem-nem”, nem estudam e nem trabalham. Um cenário grave, pois o baixo nível educacional que reina no País não dá ao cidadão a perspectiva de um futuro melhor. Com as bolsas oficiais avançando cada vez mais, a tendência é que um maior número de pessoas não tenha interesse em trabalhar, como apontaram pesquisas anteriores.

O segundo detalhe é que a permanência de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho escancara a dificuldade do País em qualificar a mão de obra. Com isso, diversas outras dificuldades surgem no horizonte. O não preenchimento de vagas no mercado laboral representa no curto prazo problema para a economia e outro para a Previdência Social. Isso porque cai o volume de dinheiro em circulação, ao mesmo tempo em que aumenta o déficit da Previdência, uma vez que o número de novos contribuintes é insuficiente para custear os que estão na porta de saída do sistema e farão jus à devida aposentadoria.

Candidata à reeleição, Dilma Rousseff pode dizer o que quiser em seus programas de campanha e nos discursos Brasil afora, mas não dá para tapar o sol com uma peneira que se mostra cada vez mais furada. Quando o ucho.info afirma que reverter a lambança promovida pelo PT na última década exigirá dos brasileiros pelo menos cinquenta anos de esforço continuado, a esquerda verde-loura parte para o ataque covarde, como se a realidade pudesse ser manipulada. Como disse certa vez um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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