Preço da cesta básica sobe em 16 capitais e mostra que o governo enfrenta a crise com mitomania

Sem desculpa – Nem mesmo os incautos abduzidos pelo governo por meio das esmolas sociais conseguem acreditar nos discursos palacianos sobre a economia nacional. Enquanto a presidente Dilma Rousseff e o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, fazem declarações mentirosas que servem apenas para manter de pé o projeto de poder do PT,a crise econômica torna-se cada vez mais evidente.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica registrou alta em dezesseis das dezoito capitais que serviram de base para pesquisa do órgão. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica apontou que as maiores elevações foram registradas em Vitória (alta de 6,01%), Manaus (4,55%), e Salvador (4,08%). Diminuição de preços ocorreu em duas localidades, Florianópolis (queda de 2,25%) e Natal (-1,42%).

Em São Paulo, a cesta básica continuou com maior valor médio: R$ 336,26. Na sequência aparecem as cidades de Vitória (R$ 332,24), Manaus (R$ 328,49) e Belo Horizonte (R$ 323,97). Em Aracaju (R$ 245,94), João Pessoa (R$ 274,64) e Campo Grande (R$ 276,44) foram registrados os menores valores.

Em março, o preço do feijão ficou mais caro em 16 capitais. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (13,35%), Salvador (12,08%) e Fortaleza (11,65%). Os menores aumentos foram verificados em Campo Grande (1,23%), Belém (1,41%) e Curitiba (2,92%). Diminuição de preço ocorreu em Florianópolis (-12,1%) e Porto Alegre (-0,21%).

O leite in natura subiu em treze capitais. As maiores altas ocorreram em Aracaju (7,69%), Belo Horizonte (3,24%) e Belém (2,62%). Em Florianópolis, Goiânia e Salvador, os preços permaneceram estáveis. Em duas capitais, Natal (-0,69%) e Manaus (-0,36%) foram verificadas quedas nos preços.

Por mais que as autoridades tentem dourar a pílula, os números mostram que a inflação vem corroendo a economia. O aumento do salário mínimo concedido pelo governo tornou-se inócuo diante inflação real e nem sequer proporcionou um aumento no consumo, como alegaram os tecnocratas oficiais.

Com o Brasil cambaleando à beira do abismo econômico, o governo do PT teima em reverter a crise por meio do controle de preços, quando a solução é eliminar o processo inflacionário, algo que não será feito por Dilma Rousseff, cada vez mais preocupada com sua campanha pela reeleição.

Enquanto isso, o staff do Palácio do Planalto continua apostando na estratégia burra de debelar a crise por meio do consumo, algo impossível em um país onde dois terços da população recebem menos do que dois salários mínimos por mês e a o preço da cesta básica equivale a 50% do piso salarial (R$ 678). Não é à toa que dez entre dez brasileiros reclamam da situação em que se encontra o Brasil.