Prefeito do Rio abusa da encenação e recorre, por pouco tempo, a hospital público após problemas renais

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Durou pouco o populismo barato de Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro. Há meses convivendo com cálculos renais, situação que piorou sobremaneira no último final de semana, Paes não suportou as dores e, na segunda-feira (27), procurou o Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro carioca do Leblon, para exames radiológicos e laboratoriais, quando foi constatada a necessidade de cirurgia para corrigir o problema.

Considerando que na política nada acontece por mero acaso, mas de forma planejada e estratégica, o prefeito carioca recorreu ao Miguel Couto com o intuito de passar à opinião pública a falsa ideia de que o Rio de Janeiro funciona, apesar das seguidas notícias de falência administrativa no âmbito do município e do próprio Estado. O que não significa que o Hospital Miguel Couto não seja confiável, pelo contrário.

Diante do diagnóstico, Eduardo Paes não pensou duas vezes para submeter-se a uma cirurgia simples e optou por realizar o procedimento no Hospital Samaritano, localizado no bairro de Botafogo e referência na medicina privada da capital fluminense. A mudança de hospital aconteceu na própria segunda-feira e o prefeito do Rio já teve alta médica. Ou seja, o Miguel Couto teria solucionado o problema de Paes com muita facilidade e competência.

O Rio de Janeiro corre contra o relógio para tentar finalizar os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016, enquanto equipes esportivas de vários países olham com desconfiança na direção da Cidade Maravilhosa, que assim é apenas em sobrevoos.

Desde a chegada de Eduardo Paes ao Hospital Miguel Couto já se sabia que tudo não passava de encenação barata, pois o alcaide é dado à vida confortável e aos deboches quando conversa reservadamente com determinados políticos.


Recentemente, em conversa telefônica com Lula sobre o polêmico sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, Eduardo Paes afirma que o ex-metalúrgico tem alma de pobre e faz críticas à cidade de Maricá.

“Agora, da próxima vez o senhor me para com essa vida de pobre, com essa tua alma de pobre comprando ‘esses barcos de merda’, ‘sitiozinho vagabundo’, puta que me pariu!”, disse Paes, que ligou para Lula para prestar solidariedade após a 24ª fase da Operação Lava-Jato, que teve como alvo.

Lula deu risada e Eduardo Paes continuou: “O senhor é uma alma de pobre. Eu, todo mundo que fala aqui no meio, eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É como se fosse em Maricá. É uma merda de lugar porra!”

Em outras palavras, só mesmo os inocentes acreditaram que Eduardo Paes se submeteria a um tratamento médico em hospital público. Pela importância que teve na história brasileira e a grave situação que enfrenta atualmente, o Rio de Janeiro merecia um prefeito razoavelmente melhor.

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