Pregador da Carta de Puebla, Requião diz que modelo nazista é a saída para a economia do País

roberto_requiao_1005

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que empenha-se quando o assunto é insanidade política, revelou alguns dos seus pontos de vista em entrevista ao jornalista Josias de Souza, publicada no UOL. Requião disse considerar “fácil” a resolução dos problemas econômicos do Brasil. A saída, segundo o parlamentar peemedebista, seria seguir o modelo nazista de desenvolvimento.

Diz Requião: “Sou um admirador de um alemão que foi esquecido no mundo porque trabalhou com Hitler. Chamava-se Hjalmar Horace Greeley Schacht [ministro da Economia no governo nazista]… Quando entregaram a economia da Alemanha para ele, começou dizendo que a Alemanha só comprava de quem comprasse dela. Protecionismo absoluto. Ele enfrentou a banca… Simples. Isso já aconteceu em outros lugares do mundo. Não é uma impossibilidade”, disse o senador.

Na entrevista, Requião dá sua “receita” para que Dilma consiga os votos necessários no processo de impeachment no Senado: fisiologismo. “A Dilma, então, precisa de mais sete senadores. E ela tem a República inteira para negociar com a fisiologia esclarecida”, afirmou.

O senador paranaense também não negou sua predileção por bons e caros vinhos, presentes de empreiteiros e outros amigos de ocasião. Segundo ele, os mimos são aceitos como “regra” desde sua primeira passagem pela prefeitura de Curitiba. “Daí eu estabeleci uma regra: aceito presente, desde que sejam duas garrafas de vinho ou um livro. Livros ganhei muito poucos. Ganhei vinhos maravilhosos. Tenho até hoje uma adega fantástica em casa, remanescente disso.”


A entrevista de Requião foi considerada constrangedora, pois defende a tese de que o mandato de Dilma pode ser salvo se ela praticar um “fisiologismo esclarecido”. Em suma, o ex-governador do Paraná sugere que a petista deve prometer cargos, bocas ricas, sinecuras e mamatas para os senadores que poderiam mudar seu voto e salvar a “presidenta”.

O próprio Requião estaria empenhado nessa missão ingrata (ou impossível), justamente para salvar o emprego de irmãos, parentes e agregados, todos regiamente pendurados na máquina do governo federal. Boa parte deles na binacional Itaipu.

O comportamento cínico do senador pode ter um efeito desastroso na candidatura de seu filho Mauricinho, conhecido pela alcunha de Requião Filho (PMDB), que está disputando a prefeitura de Curitiba.

Mauricinho tem, segundo o Ibope, 16% de intenção de voto e 21% de rejeição. Boa parte desse patrimônio negativo se deve, avaliam os analistas, à herança do pai, político controvertido, que boa parte de Curitiba detesta, e que vem pagando um preço muito caro por sua decisão de morrer abraçado com os petistas, em clara e desesperada tentativa de salvar os bons empregos da família.

apoio_04