Preocupado com o esvaziamento da CPI do Cachoeira, Pedro Simon cobra participação da sociedade

Mão na massa – No próximo sábado, 21 de abril, Dia de Tiradentes, diversas manifestações contra a corrupção devem acontecer em todo o País, em especial nas principais cidades brasileiras. O Brasil ainda está longe de ser palco de um movimento que se assemelhe à “Primavera Árabe”, que em efeito cascata derrubou diversos ditadores do mundo árabe, mas dependendo da vontade da população a chiadeira pode ser grande.

Na segunda-feira (16), um dos decanos do Senado Federal, o gaúcho Pedro Simon (PMDB) alertou para a tentativa de esvaziamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que deve investigar os negócios e as ligações políticas de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em 29 de fevereiro na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

“Há um movimento para esvaziar a CPI A comissão foi insuflada pelo ex-presidente Lula, pedida pelo PT e aceita por PSDB e PMDB. Mas, houve arrependimento. A presidenta Dilma ficou irritada, a CPI, prevista para esvaziar o julgamento do mensalão, pode atingir o seu governo – afirmou Simon.

A criação da CPI nasceu da necessidade do PT de comprometer o julgamento do escândalo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal, foi encampada rapidamente pelos partidos de oposição e agora conta com uma pressão contrária advinda do Palácio do Planalto, que quer esvaziar respingos nos governo da presidente Dilma Vana Rousseff. Como tem afirmado o ucho.info, no caso de ser levada a sério, a “CPI do Cachoeira” provocará uma devassa no meio político jamais vista no País.

Preocupado com o que pode acontecer com a CPI, que sabe-se como começa e não como termina,o senador Pedro Simon apelou para a capacidade de mobilização das redes sociais. “Não esperem nada do Congresso, só o povo nas ruas é capaz de pressionar o Parlamento e impor mudanças. Foi o que aconteceu com a CPI do Impeachment e, mais recentemente, com a Lei da Ficha Limpa”, acrescentou.